"O artista, um contemplativo que passa, atento somente, às manifestações de cor, de harmonia e de beleza, que escapam aos olhos dos outros."
Domingos Rebêlo, num artigo que escreveu sobre os seus tempos de estudante em Paris, in "Açoreano Oriental", 13 de Janeiro de 1946.

terça-feira, 26 de maio de 2015

Correio dos Açores - Edição de 20 de Maio de 2015


Vila Franca do Campo, 17 de Maio de 2015

Procurei fugir de Ponta Delgada porque, nestes dias, de fato, ora por vestígios das Festas do Senhor Santo Cristo, ora pelas ocupações culturais, a minha cidade ainda transpirava montanhas de gente. Como fujo destes aglomerados, fui até Vila Franca do Campo, uma porque o meu almoço seria em Água de Pau, outra porque sinto necessidade de agradecer ao Srº Presidente da Câmara Municipal de Vila Franca a cordialidade com que respondeu ao meu artigo de 6 de Maio. Embora tenhamos opiniões diferentes, convém registar o respeito e a atenção que este autarca manifestou à opinião de um simples cidadão comum.

terça-feira, 19 de maio de 2015


Ponta Delgada, 10 de Maio de 2015

Ponta Delgada este fim-de-semana foi palco das maiores festas religiosas da nossa região. E eu, acompanhado pela minha namorada e minha filhota, não por ser fã desta religiosidade, tive que me colocar no meio da multidão, percorrer algumas barraquinhas de comerciantes, ouvir os impacientes vendedores a vender “ouro” a troco de meia dúzia de tostões e sentar-me a comer o tão pedido gelado.


Sentado na esplanada de um dos quiosques existentes no passeio da nossa marginal e, olhando a nascente, observo aquele que é o maior edifício habitacional dos Açores. Dada a pouca variedade de cores, a minha opção recaiu em utilizar apenas uma cor na coloração deste rabisco. E, mais uma vez, faço “fazer parecer” para não me perder no emaranhado de linhas e manchas.

terça-feira, 12 de maio de 2015

Correio dos Açores - Edição de 6 de Maio de 2015


Vila Franca do Campo, 02 de Maio de 2015

Depois de um 1º de Maio sombrio, nebuloso e mais fresco do que o habitual, fiz-me à estrada no dia seguinte e fui até Vila Franca do Campo. Deparei-me com o Forte do Cais do Tagarete. Este importante monumento histórico-militar merece melhor trato e especial atenção. Tanto merece que o Município desta Vila, em 2012, anseia a recuperação e requalificação desta edificação secular. Segundo o site da equipa projetista, no interior das muralhas erguer-se-á um “Centro Interpretativo da Reserva Natural do Ilhéu de Vila Franca do Campo”. Será, pois, importante, para uma vila que se encontra amorfa, onde as festas de S. João e o ilhéu são o ex-libris do cartaz turístico e, o ano de 2012 já lá vai há 3 anos, que se faça investimento público de cariz turístico-cultural. Vila Franca do Campo merece mais e melhor do que apenas uma simples gestão corrente do Município.

A Câmara Municipal de Vila Franca do Campo, na pessoa do seu Presidente, esclarece e eu muito respeitosamente aqui coloco:



terça-feira, 5 de maio de 2015

Correio dos Açores - Edição de 29 de Abril de 2015


Cabouco, 27 de Abril de 2015

Fazendo um pouco de jus ao nome desta publicação semanal, hoje, apresento-vos um rabisco da Igreja da Nossa Senhora da Misericórdia no Cabouco. Esta igreja foi edificada no lugar de uma antiga ermida datada do século XVI. A ermida foi construída a mando do capitão Manuel Rodrigues Canejo e sua mulher Maria de Paiva.

Este rabisco feito de forma muito rápida, não vou dizer que foi num “abrir e fechar de olhos”, mas quase. Foi numa pequena brecha do intervalo para o almoço. E como é fácil constatar, falta o sino e, inclusive, um óculo na forma de coração invertido. A coloração fi-la em casa, sentado e de memória. É um consolo poder prolongar o momento e o gosto de desenhar à vista no próprio local. Convido-vos, a todos, a adquirirem um caderno de desenho e, nos vossos tempos livres, sentados numa esplanada, num banco de jardim, na paragem do autocarro, ou mesmo na rua onde moram, a desenharem aquilo que vêem.