"O artista, um contemplativo que passa, atento somente, às manifestações de cor, de harmonia e de beleza, que escapam aos olhos dos outros."
Domingos Rebêlo, num artigo que escreveu sobre os seus tempos de estudante em Paris, in "Açoreano Oriental", 13 de Janeiro de 1946.

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Correio dos Açores - Edição de 24 de Dezembro de 2014


Ponta Delgada, 22 de Dezembro de 2014

O que é isso do diário gráfico?

Eduardo Salavisa diz que é o nosso “laboratório de ideias”. E eu corroboro, todavia não faço continuação das experiências e dos pequenos esboços que faço neste diário. Cada desenho concluído é uma página do passado. Registei e sigo em frente. Mas regressar a eles é uma lembrança fenomenal. Conseguimos voltar a sentir as indecisões e os desacertos que o desenho rápido possuí e, que no momento, assolavam o nosso pensamento.

No próximo dia 27 de Dezembro, irá realizar-se o 6º Encontro dos Urban Skcthers Açores. O encontro terá lugar na Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada, pelas 14:30. Assim, convido-vos, a todos, a trazerem o vosso “diário”, uma caneta e registar as vossas emoções através do desenho. Por momentos esqueçam-se que têm carência de jeito, porque toda a gente tem apetência para o desenho. (Encontra-se esbatido por já se ter realizado)

domingo, 28 de dezembro de 2014

Hacia el más allá

Hacia el más allá
Una puerta abierta,
una escalera silenciosa
que aguarda mi elección.
Un mundo detrás,
lo incierto por venir.
La decisión de avanzar,
subir, trepar, escalar,
una repetida escalera
que invita al más allá.
Nadie a quien preguntar
qué camino debo tomar.


28 de Diciembre, 2014.
Silvana Alexandra Nosach


A Silvana é uma Amiga "facebookiana" que, através dos desenhos e fotografias de outros autores, se inspira e nos oferece  estas lindas e tão bem articuladas palavras. Hoje, mais uma vez, tive a sorte de ser um dos felizes contemplados. Digo mais uma vez, porque já outras vezes tive esse privilégio. Tanto tive e tanto gostei que solicitei a sua autorização para publicar os seus poemas no livro "Rabiscos da minha Ilha" com os respectivos desenhos que serviram para sua inspiração. 

Só mais um pormenor, digo acima que é uma Amiga "facebookiana", referindo-me como evidente à virtualidade da nossa Amizade, todavia, essa Amizade é bem mais real do que muitas daquelas com que convivemos no dia a dia. 

6º Encontro Regional - Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada



com caneta de aparo e tinta preta "brillant" rotring (em cartucho)

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Correio dos Açores - Edição de 17 de Dezembro de 2014


Ponta Delgada, 15 de Dezembro de 2014

Comecei por escolher outros enquadramentos que não este aqui apresentado, mas a posição de desenhar de pé, associada ao frio que se fazia sentir, todo o traço parece perro e duro. Custou fluir o rabisco. Resolvi, então, sentar-me no canto da rua dos Mercadores com a rua da Alfândega na procura de um melhor aconchego, mas o frio era imenso. Nem mesmo a cor me deixou sentir algum calor.

Ao andar pela cidade apercebi-me de quão pobre está a ornamentação natalícia do nosso município. Exemplo disso é olhar a Praça Gonçalo Velho Cabral, ou até a rua aqui representada. Lembro-me de ver esta rua de tal forma iluminada que ao passar nela lembrava um túnel de flores eletrificadas. Outros tempos, outras vontades.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

ida ao dentista...


... os tempos de espera são sempre apetecíveis para rabiscar. e hoje apeteceu, mesmo!

a namorada inspira!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Correio dos Açores - Edição de 10 de Dezembro de 2014


Ponta Delgada, 09 de Dezembro de 2014

A minha cidade, virada para o mar, é linda. Tantas vezes descrita por tantos autores, que fico sem palavras para expressar o que tanto de belo ela possui. No entanto, existem alguns equipamentos escusados estarem montados durante esta época que se avizinha. Falo, por exemplo, do ringue desportivo mesmo à entrada da cidade.

Mergulhei no desenho, como mergulho na minha cidade. Porém, o “mergulho” não foi pleno. Tal como a cidade, onde nem tudo é perfeito, nem sempre consigo transmitir pelo desenho o que de tão belo a vista pode alcançar.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

6º Encontro Regional Urban Sketchers Açores


Vem desenhar com os USK Açores, o encontro será no dia 27 de Dezembro, entre as 14:30 e as 17:30 na Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Correio dos Açores - edição de 03 de Dezembro de 2014


Ponta Delgada, 01 de Dezembro de 2014

Antes de escrever qualquer palavra sobre os rabiscos que vos vou apresentar aqui semanalmente, quero agradecer à Direcção do “Correio dos Açores” a oportunidade de me disponibilizar este espaço, para partilhar com os leitores deste jornal os meus rabiscos. São rabiscos simples e desprovidos de qualquer intenção de perfeição. São, também, um olhar, embora diferente, dos espaços e do quotidiano nossa cidade, da nossa ilha e por onde mais eu passar. Rabiscos esses desenhados em diário gráfico.

Sentei-me no final da via pedonal junto ao Forno da Cal. Virado para sul, à minha esquerda tinha a majestosa serra de Água de Pau, à minha direita, logo ali, o antigo forno da cal. E optei pelo urbano. Procurei definir o mais próximo e o distante apenas deixei-me conduzir pelas manchas.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

vista para nascente - ilhéu de s. roque


acabei de colorir hoje. as linhas, as manchas, fi-las no local. 

a continuidade, o prolongamento, no tempo da feitura destes rabiscos dá-me uma enorme satisfação. consigo "trazer" para casa; os cheiros e as cores do local. e às emoções atrevo-me a dizer que consigo fazê-las perdurar um pouco mais no meu íntimo.

123º Aniversário de Domingos Rebêlo

"Comemoramos hoje o 123º Aniversário do pintor Domingos Rebêlo. Dele continua a emanar Luz... Assim o percebeu o seu colega e amigo, o escultor Leopoldo de Almeida, que o retratou em 1946 numa escultura. Assim percebemos num fragmento da sua pintura da Calheta de Pêro de Teive, de 1938."

Pintura de Domingos Rebêlo
Calheta Pêro de Teive - Ponta Delgada - 1938
Domingos Rebêlo - Escultura de Leopoldo de Almeida
Fragmento de pintura de Domingos Rebêlo
Calheta Pêro de Teive - Ponta Delgada




terça-feira, 2 de dezembro de 2014

o meu local de trabalho


cada vez mais gosto do meu local de trabalho. como lugar singular, para além do meu quarto, acaba por ser daqueles onde passo a maior parte das horas do meu dia.

mas o estirador desenhado não é o meu. esta é a imagem que todos os dias me rodeia e que tenho pela frente. 

domingo, 30 de novembro de 2014

do poço velho - s. roque


gosto imenso das sombras criadas pelas construções desordenadas à esquerda do rabisco. no entanto, aqui, não fui capaz de transpor para o papel aquilo que consegui ver no local.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

bk - fajã de baixo


durante o meu almoço no novo restaurante bk

câmara municipal da ribeira grande


ja tinha feito um rabisco deste local, também num dia frio, também de noite, aquando da apresentação e discussão publica da delimitação do centro histórico da cidade da ribeira grande. se não estou em erro; no ano de 2010. 

por estes dias, durante o curso de avaliação imobiliária, enquanto esperava que a porta se abrisse, lá puxei da caneta e do diário gráfico e revivi o tal dia. por incrível que possa parecer, também fazia frio e a noite já era avançada. 

parque atlântico - ponta delgada


entrada principal do parque atlântico em dia de chuva... e rabisco feito dentro do carro. 

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

JÚNIOR O CAGARRO


durante a apresentação do livro: Júnio o Cagarro, da autoria de Carlos Medeiros . Xinando.

Parabéns ao Autor, pela simplicidade da mensagem e pela objectividade do conteúdo!

o evento decorreu na pousada da juventude da lagoa.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

domingo, 9 de novembro de 2014

agora com cor


e a tarde estava fria... o que fiz foi colorir o desenho feito nesta manhã.

castelinho - jardim antónio borges


depois do café matinal, tomado nas redondezas, entrei no jardim antónio borges. 

cheio de vegetação em seu redor, logo à entrada, à direita, encontramos o castelinho. falta alguma informação, no local, sobre este edificado. sei que está construído sobre o morro de pedra. se dá acesso a alguma gruta, não sei. mas, julgo saber, há bastantes grutas no local, e, afinal, não é uma zona muito longe da gruta do carvão. 

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

torre da pt


já fiz este rabisco há algum tempo, possivelmente há mais de 2 anos. 
será que vou ter que voltar a desenhá-lo, tendo em conta que o logotipo existente na torre poderá mudar, dentro em breve?

terça-feira, 4 de novembro de 2014

rotunda da guia - cabouco - lagoa


durante o intervalo de almoço só me apetecia desenhar... e surgiu este mesmo pertinho do trabalho.

domingo, 2 de novembro de 2014


Gonçalo Velho Cabral

Primeiro capitão-do-donatário das ilhas de Santa Maria e S. Miguel, no arquipélago do Açores. Era filho de Fernão Velho, alcaide-mor do castelo de Valada, da Ordem de Cristo, e de D. Maria Álvares Cabral. Era cavaleiro da Ordem de Cristo, comendador de Almourol, senhor de Pias, Cardiga e Beselga e criado do infante D. Henrique. Em 1426, terá navegado até à Terra Alta. O autor açoriano Gaspar Frutuoso, na sua obra Saudades da Terra, refere Gonçalo Velho como o descobridor do arquipélago açoriano, reproduzindo no seu trabalho uma tradição oral. Segundo Frutuoso, Gonçalo Velho descobriu a ilha de Santa Maria, em 1432, e a de S. Miguel, em 1444. É de notar que nem Gomes Eanes de Zurara, nem Duarte Pacheco Pereira o referem nas suas obras. Por este e outros motivos, o descobrimento dos Açores é um facto encoberto. Numa carta de 1439, do catalão Gabriel de Valsequa, o arquipélago dos Açores aparece desenhado com algum rigor. Nesse mapa encontra-se uma legenda que informa que o arquipélago tinha sido descoberto por um Diego de ?, não sendo possível identificar com certeza o segundo nome. Segundo a leitura paleográfica de Damião Peres, tratava-se de um Diogo de Silves, marinheiro ao serviço do infante D. Henrique que teria descoberto o arquipélago, em 1427. Assim, não é possível afirmar com certeza que Gonçalo Velho Cabral tenha sido o descobridor das ilhas açorianas, mas sabemos que foi o primeiro povoador das ilhas de Santa Maria e S. Miguel. O início do povoamento terá ocorrido entre 1439 e 1443, período em que Gonçalo Velho se instalou em Santa Maria. Repare-se que até 1474, as ilhas de Santa Maria e S. Miguel estiveram unidas numa única capitania. Em data incerta, Gonçalo Velho regressou ao Reino, sucedendo-lhe no cargo um seu sobrinho, João Soares de Sousa ou João Soares de Albergaria. 

Bibliografia:
ALVES, José, “Cabral, Gonçalo Velho” in Dicionário de História dos Descobrimentos Portugueses, vol. I, Lisboa, Caminho, 1994, p. 152. RODRIGUES, José Damião, “Cabral, Gonçalo Velho” in Enciclopédia Açoriana, [em linha], S. Miguel, Centro de Conhecimento dos Açores. Disponível em: (http://pg.azores.gov.pt/drac/cca/enciclopedia/ver.aspx?id=429).

Autor: Teresa Lacerda 


segunda-feira, 27 de outubro de 2014

sábado, 25 de outubro de 2014

ermida de santiago - água de pau


enquanto a minha filhota cortava o cabelo, acompanhada pela minha namorada, fiz um breve passeio pelas redondezas. e deparei-me com um largo, de seu nome Santiago. ao fundo a ermida que evoca Santiago. situada em água de pau - lagoa,

domingo, 19 de outubro de 2014

escola antero de quental - liceu de ponta delgada


Um pouco de História

No local desta Escola Secundária Antero de Quental existiu o Paço dos Condes de Vila Franca.
Em 1829, Jacinto Inácio Rodrigues da Silveira, posteriormente, Barão de Fonte Bela, adquire o Paço que, em 1830, manda demolir, para que aqui fosse construído o seu palácio, o palácio Fonte Bela, no qual "o neoclassicismo tem presença nos dois pórticos ladeados de colunas coríntias ao modo de arco triunfal". 

Em 1851, por decreto de 20 de Setembro, o Comissário dos Estudos, Padre João José d'Amaral, foi encarregado da organização do "Liceu de Ponta Delgada".
Em 21 de Fevereiro de 1852 ficou, constituído o "Liceu de Ponta Delgada", instalando-se, então, no antigo Convento da Graça (em parte do qual se encontra o Auditório de Ponta Delgada). Em 26 do mesmo mês, realizou-se a primeira sessão do Conselho Escolar, com o Corpo Docente constituído por seis professores, durante a qual o Padre João José d'Amaral foi eleito Reitor.
Em 1901, o Liceu é elevado a "Central" e, em 1921, é transferido para o Palácio da Fonte Bela, onde hoje se encontra.
Mais tarde, passa a denominar-se "Liceu Antero de Quental", em homenagem ao grande mentor da geração de 70, para, anos depois, por razões que uma razão esclarecida não pode aceitar, passar a denominar-se "Liceu Nacional de Ponta Delgada".
Em 1979, o mais que centenário "Liceu de Ponta Delgada", retoma o nome do Poeta-Filósofo, o qual a Escola tanto se honra de ter como Patrono, passando a designar-se "Escola Secundária Antero de Quental".


tirei daqui: http://www.esaq.pt/historia.htm

por ponta delgada


rua do passal - travessa do passal - ponta delgada

pela cidade de ponta delgada


cruzamento da arquinha com s.gonçalo. 


do saco da doca de pesca de ponta delgada, temos uma perspectiva interessante sobre a avenida e de todos os edifícios que a acompanham o centro da cidade no seu litoral. 

a minha cidade é linda!

sábado, 4 de outubro de 2014


durante a minha hora de almoço, e depois de almoçar, sentei-me numas escadas, ainda toscas, do novo modelo em construção na fajã de baixo. e antes que a evolução dos tempos, o avanço de novas construções, faça desaparecer estas empenas que dão cor e vida à cidade, resolvi rabiscar o que, num futuro próximo, deduzo venha a desaparecer.

se bem me recordo, a construção do novo modelo iniciou-se há 3/4 meses, entre demolições e construção da enorme superfície comercial. se para isso o tempo foi pouco, imagino daqui a uns anos como estará essa zona da cidade.

a nós, observadores do dia a dia, do passageiro, do que gostamos, resta-nos colocar em papel, colorir com tons suaves e tranquilizantes, aquilo que nos deixaram e fizeram-nos amar.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

s. joaquim


após o trabalho. na vinda para casa a pé. deparei-me com a fachada do cemitério de s. joaquim. a vontade de rabiscar era imensa, no entanto, os primeiros traços não surgiram no sítio certo, mas não desisti. fui avante.
e, agora, aproveito para perguntar à Cristina Moscatel; está dado o mote?


terça-feira, 30 de setembro de 2014

(A)Riscar o Património - Ponta Delgada

Comecei pelo forte de S. Brás, antigo hospital e Igreja de S. José. no entanto, não me agradaram os resultados finais. Por isso, deixo-vos, aqui, o meu contributo, para o Evento (A)Riscar o Património / Heritage Sketching, que decorreu por todo o país, no dia 27 de Setembro de 2014.




Conforme já vos tinha mostrado, terminei com a 
Torre da Igreja da Matriz. 

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

molhe da doca de ponta delgada




portas da cidade de ponta delgada


fui convidado pelo jornalista e apresentador de televisão Sidónio Bettencourt para participar no programa atlântida, a propósito do livro "rabiscos da minha ilha" de co-autoria minha e da Carmen Ventura. programa esse que é difundido para as comunidades emigrantes.

enquanto esperava pelo momento da entrevista, fui falando com o Srº Manuel Teves, agora reformado, mas conhecido na nossa praça como um excelente encarregado de construção civil. 
da conversa surgiu recordações da minha mãe, do meu pai. 

falando e rabiscando... e da mistura de ambas as artes, (atenção; não me considero artista) de conversar e desenhar, nasceu estas portas da cidade. e prolonguei o gosto, o prazer do desenho colorindo em casa da minha nova família. 

a minha mãe, que já se foi, apesar de não ver, dedicava-lhe todos os meus rabiscos. tantas vezes saía de casa dizendo:
- mãe, vou rabiscar! 
- vai, meu filho. logo quero vê-los!

ontem, saí de casa pelas 15 horas. não disse a ninguém para onde ia e ao que ia. mas na minha memória ecoava "...vai, meu filho. logo quero vê-los..."

pois é, eu, hoje, não tenho mãe viva. mas tenho-a sempre comigo. e será sempre para ela que desenho.