"O artista, um contemplativo que passa, atento somente, às manifestações de cor, de harmonia e de beleza, que escapam aos olhos dos outros."
Domingos Rebêlo, num artigo que escreveu sobre os seus tempos de estudante em Paris, in "Açoreano Oriental", 13 de Janeiro de 1946.

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Correio dos Açores - Edição de 9 de Novembro de 2016


Ponta Delgada, 05 de Novembro de 2016


Sentado de costas na base do pedestal da estátua de S. Miguel Arcanjo, observo o bonito edifício, de estilo barroco dos séculos XVII e XVIII, dos Paços do Concelho de Ponta Delgada. Outrora já o tinha rabiscado e, tal como agora, não acertei com as proporções. Ainda assim, fica o registo, a tentativa. Enquanto desenho, registo ainda a presença de turistas pelas nossas artérias, todavia, não com o elevado número como se viu o verão passado. Por sinal, neste sábado, senti a cidade mais minha. Não tão cosmopolita e a preparar-se para o Natal. E com este chegam os “pisca-pisca” e os “ho-ho-ho” dos bonecos robô, vestidos de vermelho e de barbas brancas. É assim a mutação, enquanto na natureza temos o desabrochar das flores, o aparecimento dos diferentes matizes de verdes, o cair das folhas caducas, na sociedade temos transformação de conceitos consoante as épocas e vivências. 

Sem comentários:

Enviar um comentário