Virando costas à metrópole o que observo é Tejo
e a outra margem. A neblina não deixava ver com definição os contornos e as
formas, mas optei por registar o momento. Resolvo, então, sentar-me num dos
bancos existentes no muro junto ao Cais das Naus e assim, com tranquilidade,
com tempo, lá puxei do caderno e da caneta. Comecei pelo skyline da outra
margem, até que dada altura não consigo vislumbrar onde termina a terra e
começa a linha do horizonte. Mas a identificação do local fica marcada com o
registo do Cristo-Rei e a Ponte 25 de Abril. O burburinho era imenso, dezenas
de turistas passeavam na zona, vendedores de toda a espécie tentavam ganhar
algum dinheiro com qualquer “traquitana”. Inclusive fui abordado por um
sujeito, de aspeto nada duvidoso, com oferta de venda de haxixe e marijuana. O
desenvolvimento trás coisas boas e coisas más. Espero que no nosso caso, com
localidades bem mais pequenas do que a de Lisboa, consigamos, com as nossas
autoridades, evitar este tipo de negócio.
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