Ponta Delgada, 21 de Junho de
2015
Encostado numa ombreira de porta,
com um sol intermitente e uma temperatura quente, mais por razões da humidade,
fiz este rabisco. Consegui dar as primeiras pinceladas no local, mas o sol era
tanto que secava de forma rápida a aguada feita na palete, o que me obrigou a
terminá-lo em casa.
A vontade de envolver-me com o
objeto desenhado, fez-me percorrer a pé os espaços circundantes à Igreja da
Matriz. E não pude deixar de constatar o quão desagradável é ver estacionados
os carros de quem vai assistir à Missa. Ora, bem sei que não é “ade eterno”,
mas aos domingos o estacionamento em parquímetros é grátis. A justificação até
pode passar pelo fato de algumas pessoas terem mobilidade reduzida, mas estes
casos resolver-se-iam com a entrada a norte, tal como está, e a abertura da
passagem a sul, para que os familiares dessas pessoas as pudessem deixar à
porta da igreja. Com efeito, para uma cidade que se quer turística e histórica,
não podemos cair no erro de a mostrar desorganizada
nestes espaços que se querem limpos de “ruído urbano”. Já imaginaram ver
automóveis nos espaços circundantes da Catedral de Notre-Dame, em Paris, na
Basílica de S. Pedro, no Vaticano, ou até mesmo na Sagrada Família, em
Barcelona? O que temos é pequeno, mas mesmo pequeno deve ser cuidado com o
mesmo princípio de boa gestão dos espaços urbanos.
A perspectiva do desenho, que olha a igreja pela parte de trás, é muito original, e o traço é delicado e fino. Gostei!
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