Ponta Delgada, 6 de março de 2016
Praia da minha juventude, a das
Milícias, em S. Roque. Ainda este fim de semana a minha filhota perguntava-me: “Pai,
no verão, posso ir só com as minhas amigas para a praia?” Qualquer que seja,
neste momento, a resposta a dar, para mim, é sempre ingrato cortar as vontades
do meu Tesouro. Mas também não consigo prescindir da sua segurança. E, assim,
vou tentando encontrar um meio termo, procurando respeitar as vontades e as
necessidades de nós os dois. Com efeito, sinto que não posso nem devo ser
aquele pai exageradamente conservador. Porém, quando é que saberei se é o
momento certo de dar mais liberdade à Bárbara? Ser pai é muito difícil, e mais
difícil se torna se tomarmos como exemplo o nosso tempo. Assim e, na tentativa
de fazer o meu melhor, opto por valorizar na minha filhota a responsabilidade,
confiança e genuinidade que a tornam uma menina tão especial, explicando que
estas características lhe permitirão, na altura certa, usufruir das liberdades
que a sua maturidade demanda. Não obstante, há também a questão social, as
críticas da família e dos amigos por permitir essas “liberdades” tão cedo ou
por limitar a sua autonomia e independência. E a essa questão social está
sempre ancorada as notícias de negligências parentais que acontecem um pouco
pelo mundo fora. O que me vai valendo é ter na Paula uma companheira de mão
cheia e de coração enorme.
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