Numa
incursão pela zona poente da nossa ilha, paro na freguesia das Feteiras.
Procuro a igreja e deparo-me com a invulgar localização da sua torre. No
entanto, não opto por uma perspetiva na qual a inclua. Sento-me num murete
existente no largo à frente da fachada principal da igreja. Daí não vislumbro a
referida torre. Faço o rabisco do frontispício do templo e sigo viagem, com a
sensação de que o desenho estava vazio. No regresso a Ponta Delgada detenho-me
no Miradouro da Vigia, com vista para a costa que Gaspar Frutuoso descreve com
harmonia e cuidado. Ainda assim, a página dupla do diário continuava a parecer-me
vaga. Esta insatisfação tomou conta do meu desejo de, no dia seguinte,
regressar ao local da igreja e aí escolher um ponto onde pudesse abarcar a
singular torre da Igreja de Santa Luzia.
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