"O artista, um contemplativo que passa, atento somente, às manifestações de cor, de harmonia e de beleza, que escapam aos olhos dos outros."
Domingos Rebêlo, num artigo que escreveu sobre os seus tempos de estudante em Paris, in "Açoreano Oriental", 13 de Janeiro de 1946.

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Correio dos Açores - Edição de 24 de Agosto de 2016


Ribeira Grande, 21 de Agosto de 2016

Depois de um almoço tardio por um restaurante em Ponta Delgada, lá se decidiu ir até às Sete Cidades. Subir o caminho pela Covoada fazia prever que a vista sobre a Lagoa das Sete Cidades teria que ficar para outra ocasião. Mas insistimos e valeu a pena. Pois, no miradouro do Cerrado das Freiras a vista sobre a lagoa azul era total. Depois de fazer uns traços gerais, resolvi não fazer esperar mais os meus companheiros. Fechei o caderno e lá seguimos a nossa viagem. Ao contrário do último desenho, onde a opção foi não aguarelar o lápis de cor, neste, resolvi, de memória, colorir e aguarelar o lápis de cor.  

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Correio dos Açores - Edição de 17 de Agosto de 2016


Ribeira Grande, 14 de Agosto de 2016


A principal localidade nortenha, a cidade da Ribeira Grande, passou, desde há pouco tempo a esta parte, a ser o meu epicentro habitacional. E, confesso, ainda não me pus a deambular pelas ruas e ruelas desta bonita cidade. Quero fazê-lo com tempo, com um olhar despreocupado. Quero sentir a cidade e as suas gentes. Mas quero, essencialmente, voltar a apanhar o meu habitual registo. Hoje, o que vos apresento, é parte da Ponta do Cintrão, mas numa vista que não é tão conhecida pela maior parte dos veraneantes e visitantes do miradouro de Santa Iria. A minha opção neste rabisco, foi colori-lo a lápis de cor aguarelável, todavia, gostei das texturas que o lápis provocou na superfície do suporte e não entrei pela fusão de cores que certamente a água iria provocar.

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Correio dos Açores - Edição de 10 de Agosto de 2016


Ribeira Grande, 07 de Agosto de 2016

Confesso que o local e o silêncio exigia melhor, mas entre mudanças, partilhas e assuntos profissionais, numa passagem rápida pela freguesia dos Fenais da Ajuda, este foi o rabisco possível. O ato de desenhar é excelente para nos abstrairmos das correrias do dia-a-dia, mas os pensamentos permaneciam como uma espécie de nuvem que não me permitia ver além do imaginário do pensamento. Mas o gosto de partilhar convosco o meu diário gráfico, o compromisso com este jornal, fazem com que vá ganhando algum “descaramento” (desculpem-me a expressão) em apresentar-vos os rabiscos, mesmo aqueles que eu menos aprecio. 

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Usk - Terceira - Diário Insular


O programa arrancou com uma conversa informal com grupo Urban Sketchers, que contou com a presença de Paulo Brilhante, de São Miguel, primeiro urban sketcher açoriano a publicar em livro o seu diário gráfico. Técnico de engenharia, Paulo Brilhante começou a tomar notas em cadernos gráficos, por necessidade, na profissão, mas nos tempos livres foi ganhando gosto pelo desenho. Depois de muitos anos a desenhar sozinho, integrou um movimento de Urban Sketchers em São Miguel e recentemente editou um livro com uma seleção de desenhos, cujas receitas revertem para a delegação regional da Associação de Cegos e Ambliopes de Portugal. Para Paulo Brilhante, os encontros de Urban Sketchers permitem que os artistas se desinibam de desenhar em público e ajuda-os a evoluir, ajudando-se mutuamente. “Essa troca de experiências com outras pessoas que possivelmente não tiveram a mesma dificuldade vainos enriquecer e vamos ultrapassando as nossas barreiras na partilha com outros sketchers”, frisou. O Alto da Memória é um dos monumentos da ilha Terceira que já passaram pela caneta de Paulo Brilhante, mas o urban sketcher destaca muitos outros. “Todo e qualquer recanto aqui na ilha Terceira tem um relato histórico que é importante nós registámos”, salientou. Na Galeria Re.Act há, até dia 15, uma sala dedicada apenas aos desenhos dos Urban Sketchers, mas há mais de 100 obras expostas.

Correio dos Açores - Edição de 03 de Agosto de 2016


Praia da Vitória, 01 de Agosto de 2016

Aproveitando uma visita à Ilha Terceira por razões profissionais, aceitei com um enorme gosto o convite que me foi endereçado pelo grupo Usk-Terceira a participar numa tertúlia à volta do desenho em diários gráficos. Para mim foi um encanto ver a sala repleta de gente interessada no desenho em cadernos. Os impulsionadores do grupo Usk-Terceira, o Emanuel Felix e a Rosa Chaves, estão de parabéns pela excelente dinâmica que estão a criar à volta do desenho. Posteriormente foi inaugurada uma exposição de desenhos em diários gráficos onde estão patentes vários “urbansketchers” da Ilha Terceira. Mas o dia não acabou com a visita à exposição. Para os mais persistentes, e lá por volta das 23:30, ainda restou um tempinho para desenhar a Igreja que hoje vos apresento – Igreja da Matriz de Santa Cruz – Praia da Vitória.