"O artista, um contemplativo que passa, atento somente, às manifestações de cor, de harmonia e de beleza, que escapam aos olhos dos outros."
Domingos Rebêlo, num artigo que escreveu sobre os seus tempos de estudante em Paris, in "Açoreano Oriental", 13 de Janeiro de 1946.

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Correio dos Açores - Edição de 29 de Junho de 2017


Ponta Delgada, 26 de Junho de 2017

Ao fazer este rabisco havia muitas coisas a assolar-me o pensamento, principalmente o horripilante incêndio em Pedrógão Grande. Não sou, nem nunca serei especialista em incêndios, o que sei é o que me vai chegando pelos meios de comunicação. E o que a nós chega é a ideia de que o estado, na sua obrigação máxima de proteger os cidadãos, falhou. Gravemente. Nos dias subsequentes registaram-se semblantes carregados, hoje, em festas de apresentação de candidaturas autárquicas, e falo da de Lisboa, são sorrisos de orelha a orelha. Como se nada tivesse acontecido e nada houvesse a explicar. Mais fácil veem explicar o porquê da contratação de um familiar, de um amigo, ou de um qualquer “boy”. Já são conhecidas falhas das diversas entidades envolvidas, desde falhas de comunicação/informação, falhas de assistência, etc, etc. É esse o país que temos, onde o assumir de responsabilidades é atitude vã e a “coluna vertebral” de quem nos governa mais parece um pau fino de plasticina.

quarta-feira, 14 de junho de 2017

Correio dos Açores - Edição de 14 de Junho de 2017

Ponta Delgada, 13 de Junho de 2017

Entre uma viagem e outra, lá fui lendo uma entrevista, dada ao jornal digital “Observador”, pelo deputado da Assembleia da República Sérgio Sousa Pinto. Verdade seja dita, a entrevista, toda ela é interessante. E com ela ficamos a saber que o deputado é um utilizador do diário gráfico. Chama ao seu caderno de “carnet d’artiste, onde uma pessoa vai anotando coisas do dia-a-dia”. Do seu todo, nesta parte lúdica, revejo-me por completo nas palavras do Sérgio. Mais interessante é perceber a dimensão das suas palavras quando diz: “…o desenho exige um tipo de concentração que nos obriga a desligar aquela parte do cérebro onde está alojado o mundo da racionalidade.”

sexta-feira, 9 de junho de 2017

Correio dos Açores - Edição de 09 de Junho de 2017


Ponta Delgada, 05 de Junho de 2017

Descubro que poderia estar a viver no Nordeste, mas aquilo que mais gosto de rabiscar é Ponta Delgada. E aqui, na cidade maior, tenho os cheiros do mar, o ilhéu, os sons da natureza, com o chilrear dos pássaros no jardim António Borges, ou até mesmo a sinfonia do vento a esgueirar-se nas ramadas das árvores; enfim, é nesta Ponta Delgada que me sinto bem. Por esse motivo, apresento-vos a vista de uma varanda, a varanda de onde vejo a procissão do Senhor Santo Cristo, vislumbro o mercado, um casario antigo muito bem cuidado e a modernidade do tão desproporcional edifício Sol-mar. E isso é o que vos mostro hoje, uma parte do que Ponta Delgada me dá.

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Correio dos Açores - Edição de 31 de Maio de 2017


Ponta Delgada, 28 de Maio de 2017

Geralmente os passeios de domingo culminam quase sempre com a degustação de um gelado a observar o mar. E neste passado domingo não foi exceção. Virado para poente, no parque de estacionamento da praia das Milícias, conseguimos vislumbrar parte da costa da freguesia de S. Roque. Aproveitando a beleza da vista, desenhei um rápido contorno da silhueta observada pelo “skyline”. Os rabiscos, depois de enquadrados e proporcionados, foram ganhando forma para a parte inferior do desenho. O resultado é este que hoje vos apresento.