"O artista, um contemplativo que passa, atento somente, às manifestações de cor, de harmonia e de beleza, que escapam aos olhos dos outros."
Domingos Rebêlo, num artigo que escreveu sobre os seus tempos de estudante em Paris, in "Açoreano Oriental", 13 de Janeiro de 1946.

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

a subir e a descer...



esquiços rápidos feitos em dias diferentes. no primeiro fiz a vista da mesma escada no sentido de descida. no segundo fiz a vista de quem sobe a escada. 

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Correio dos Açores - edição de 17 de Setembro de 2015


Ponta Delgada, 14 de Setembro de 2015

Hoje apresento-vos a antiga Igreja de Nossa Senhora da Graça, edificada no Séc. XVII, sendo parte integrante do antigo convento seiscentista da Ordem de Sto. Agostinho. Optei, na película colorida, pela utilização de uma só cor e, propositadamente, utilizando uma caneta de tinta preta que pudesse desvanecer o rígido traço a preto.

Aqui tinha a sua sede a Academia das Artes dos Açores (declarada de utilidade pública deste 1989). Digo tinha, porque esta associação encontra-se fechada por tempo indeterminado, é o que se lê no seu sítio da internet. É uma pena, pois, Ponta Delgada necessita de uma organização de utilidade pública que promova a formação nas artes plásticas, bem como a divulgação de artistas locais. Tendo sido descentralizada a formação, criação e divulgação das artes, com a abertura do Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas na Ribeira Grande, Ponta Delgada ficou com uma lacuna no que diz respeito ao interesse público associado às artes plásticas. 

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Correio dos Açores - Edição de 10 de Setembro de 2015


Ponta Delgada, 05 de Setembro de 2015

Sentado na emblemática “Central de Gelados”, na esquina com a rua do Melo, observo a fachada da Igreja de S. Sebastião, mais conhecida por Igreja da Matriz. Neste rabisco, dada a complexidade da ornamentação das cantarias em pedra das portas desta fachada, preocupei-me, mais uma vez, em fazer parecer. No próprio local ainda consegui colocar alguma cor, mas a ameaça de chuva fez-me abandonar o espaço e acabar o rabisco sentado no conforto da minha casa.

Numa edição anterior referi o estacionamento em volta deste monumento. Longe de mim querer que as minhas observações e opiniões sejam ponto assente. No entanto, nunca é demais lembrar que o estacionamento no largo da Matriz, mesmo junto à fachada principal desta Igreja, deveria ser proibido. Custa-me ver, imensos turistas, muitas vezes em grupo, obterem fotografias junto desta fachada e como ornamentação urbana existir vários automóveis como parelha de quem nos visita.

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Correio dos Açores - Edição de 2 de Stembro de 2015


Nordeste, 29 de Agosto de 2015

Nordeste, tantas vezes designado como a décima ilha açoriana, está menos isolada. O motivo da minha visita a este bonito concelho é exemplo disso: uma consulta na médica dentista da minha namorada. Todavia, em meu entender, é necessário fixar a população, criar motivos para a sua permanência. Em termos culturais, para além das festas e desportos das localidades, pouco ou nada se faz. Não tenho conhecimento, por exemplo, da existência de um grupo de teatro ou de um centro de formação em artes plásticas.

Voltando atrás, enquanto era realizada a consulta, sentei-me num banco da praça central da vila. Olhei a fachada da Igreja de S. Jorge e, paulatinamente, fui construindo o puzzle da sua ornamentação basáltica. À direita está a estátua de António Alves de Oliveira (N.1847, F.1936), ilustre nordestense, considerado o maior deste concelho de todos os tempos, graças às inúmeras ações que promoveu em prol do desenvolvimento do Nordeste. Repare-se que a população na sua época duplicou, passando de 5447 para cerca de 10000 habitantes. Os CENSOS de 2011 indicam que este número voltou a reduzir para 4937 habitantes, o que reitera a necessidade de se criar condições para a fixação da população.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Correio dos Açores - Edição de 26 de Agosto de 2015


Ponta Delgada, 23 de Agosto de 2015

No final de um dia de praia, quando já se fazia sentir o fresco das sombras a aproximarem-se, peguei na esferográfica e no diário para rabiscar, com um olhar a nascente e outro para poente. Falo-vos destes olhares sentado na praia de Água d’Alto.

Estas praias são excelentes para os tão temperantes banhos de mar, mas para poder desfrutar desta pequena maravilha, é preciso ter a sorte de encontrar estacionamento disponível e a incógnita face a essa situação pode dissuadir-nos de procurar estas praias. Bastante já se fez neste sentido até à data, muitas vezes a reboque das derrocadas propícias nesta zona, durante o inverno. Todavia, julgo que as entidades competentes deverão tentar outras soluções para colmatar a falta de estacionamento.