"O artista, um contemplativo que passa, atento somente, às manifestações de cor, de harmonia e de beleza, que escapam aos olhos dos outros."
Domingos Rebêlo, num artigo que escreveu sobre os seus tempos de estudante em Paris, in "Açoreano Oriental", 13 de Janeiro de 1946.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Correio dos Açores - Edição de 27 de Abril de 2016


Ponta Delgada, 25 de abril de 2016

Este registo do anfiteatro das Portas do Mar é diferente do habitual que aqui vos tenho apresentado. Ainda há poucos dias, numa publicação que fiz no meu blogue, dizia que ultimamente não tenho gostado das primeiras abordagens à cor nos desenhos que tenho feito. Por conseguinte, vou sobrecarregando a tinta até conseguir um efeito que me agrade. Neste caso, a opção foi mesmo esquecer a aguarela e seguir em frente com marcadores, utilizando apenas duas cores: o preto e o cinza. Usei o primeiro nas linhas de contorno (lamy-safari), nas manchas mais escuras, para destacar o tom do chão, que se encontrava molhado, e nos respingos, para quebrar a monotonia do cinza do céu, representado com a segunda cor, um marcador “light grey” – nada melhor para caracterizar a palidez do céu dos Açores nestes dias nebulados e abafados.

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