"O artista, um contemplativo que passa, atento somente, às manifestações de cor, de harmonia e de beleza, que escapam aos olhos dos outros."
Domingos Rebêlo, num artigo que escreveu sobre os seus tempos de estudante em Paris, in "Açoreano Oriental", 13 de Janeiro de 1946.

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Correio dos Açores - Edição de 29 de Setembro de 2016



Ribeira Grande, 25 de setembro de 2016


Depois de um passeio de moto 4 pelo Monte Escuro, o ponto de descanso no percurso de regresso foi no miradouro de Santa Iria. Nunca tinha ganho a coragem de rabiscar esta paisagem para nascente, uma vez que, para mim, a vista presencialmente é deslumbrante. Os traços a caneta foram feitos em menos de 5 minutos. A coloração, de memória, foi feita em casa, sentado no sofá. E assim vou registando o meu dia-a-dia, ávido em aprender mais nestas coisas do desenho, das aguadas e do registo momentâneo dos sentimentos e observações. Por isso, vou participar num workshop “A escrita e o desenho no jornalismo”, um projeto da autoria de Alexandra Prado Coelho e Eduardo Salavisa, promovido pela A Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada.

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Correio dos Açores - Edição de 21 de Setembro de 2016


Ribeira Grande, 18 de setembro de 2016

Já uma vez havia referido que o diário gráfico permite-nos registar, através de rabiscos, o nosso dia a dia, independentemente da paisagem e do local. Funciona exatamente como os típicos diários que deixam maravilhadas tantas jovens e adolescentes. A diferença é que em vez de palavras, os momentos são marcados por desenhos e, no meu caso, já não sou propriamente um jovem.

Assim sendo, se esse rabisco estivesse representado por palavras, contaria a seguinte história: está um dia de sol e, como é habitual acontecer aos domingos, vim almoçar a casa dos meus sogros. Enquanto aguardámos os membros da família que ainda não chegaram, aproveito para usufruir de uma sombra, desfrutando da companhia do meu sogro, e fazendo, descontraidamente, uma das coisas que mais gosto de fazer: colorir o meu diário gráfico. 

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Correio dos Açores - Edição de 14 de Setembro de 2016


Ribeira Grande, 11 de Setembro de 2016

Há relativamente pouco tempo apresentei um rabisco desta ponta, mas vista do lado inverso, ou seja, uma vista de poente para nascente. Hoje, a que vos apresento, é a tão apreciada vista da Ponta do Cintrão, observada do Miradouro de Santa Iria. Neste miradouro temos a possibilidade de contemplar quase toda a costa norte da nossa ilha, desde a ponta de João Bom até quase ao Nordeste. Inclusive observamos as cumeeiras das Sete Cidades, outro “ex libris” da nossa ilha. 

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Correio dos Açores - Edição de 07 de Setembro de 2016


Calheta, Ilha de S. Jorge, 05 de setembro de 2016

No momento em que escrevo este pequeno texto, chove copiosamente e a vontade de regressar a Ponta Delgada, quando ainda me encontro no avião, é já imensa. Ainda assim, decidi aproveitar o momento comemorativo dos 75 anos da SATA e, enquanto me desloco a São Jorge, felicitar a nossa companhia de bandeira açoriana com este rabisco. Com efeito, se por um lado criticamos muitas vezes a SATA pelo serviço, pela gestão, pela errante estratégia de exploração de outros mercados, por vermos e sentirmos que é ainda uma porta de entrada a “familiares”, desprivilegiando o mérito e as capacidades técnicas de tantos outros, quero crer que se fosse uma empresa privada algumas destas observações não tinham razão de existir. Há, pois, que reconhecer que, ao longo destes 75 anos, passos importantes foram dados, nomeadamente a criação e manutenção da SATA Internacional, agora Azores Airlines. Este sim, julgo ter sido um marco importante na vida da nossa companhia, pois, para nós, açorianos, a dependência do exterior seria muito maior.

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Correio dos Açores - Edição de 01 de Setembro de 2016


Lagoa, 29 de agosto de 2016

No intervalo da minha hora de almoço e, depois de deixar a minha filhota no complexo de piscinas da Lagoa, lembrei-me que nunca tinha feito um rabisco da Baía de Santa Cruz, com vista para poente. Outrora desenhei a Igreja da Matriz de Santa Cruz, mas este que hoje vos apresento é a primeira vez. Não me quis perder em muitos pormenores, mas de uma forma geral julgo ter dado uma ideia do que dali se observa. É um anfiteatro que se desenvolve para norte, onde os tardozes das moradias que por lá se edificaram são possuidores de uma vista magnífica. Pena é que esta Baía tenha o seu projeto de requalificação suspenso desde 2010, justificado na época pela grave crise económica que se vivia. Julgo, agora, ser altura de retomar este projeto, pois, será, com toda a certeza, uma mais valia para a Região, para a ilha de S. Miguel, mas essencialmente para os munícipes da Cidade de Lagoa.