"O artista, um contemplativo que passa, atento somente, às manifestações de cor, de harmonia e de beleza, que escapam aos olhos dos outros."
Domingos Rebêlo, num artigo que escreveu sobre os seus tempos de estudante em Paris, in "Açoreano Oriental", 13 de Janeiro de 1946.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Correio dos Açores - Edição de 29 de Dezembro de 2016


Ribeira Grande, 27 de Dezembro de 2016

Angra do Heroísmo tem muitos aspetos apetecíveis de rabiscar. Este é um deles. A convite do meu Amigo Emanuel Félix lá fui desenhar um pouco de Angra. Encostado a uma das empenas do espaço cultural “Recreio dos Artistas”, deparo-me com o tardoz do Antigo Convento de S. Gonçalo, localizado no centro histórico de Angra. É considerado o maior e mais antigo convento da cidade e o maior do arquipélago, tendo chegado a abrigar mais de cem religiosas. Constituiu-se em reputado centro de educação e de belas-artes, chegando a reunir duas centenas de educandas, que aqui tinham aulas de música, canto, desenho, pintura e humanidades. No contexto da Guerra Civil Portuguesa, durante os dois anos da presença das forças liberais portuguesas na Terceira (1830-1832) de acordo com o historiador terceirense Francisco Ferreira Drummond, as freiras deste convento desenvolveram um "ardente desejo da liberdade do século, não se contentando muitas d'ellas com a sua profissão que cobriam de pragas e anátemas". À época, o convento foi "refrigério de emigrados", nele vivendo-se "vida galante", tendo nele o próprio Pedro IV de Portugal a sua "freira dilecta", com quem partilhava "melodiosos accentos de poesia". Muito mais havia a contar sobre este monumento classificado. Mas deixo aqui a dica para pesquisarem e indagarem sobre o registo histórico que este Convento tem para oferecer.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Correio dos Açores - Edição de 23 de Dezembro de 2016


Ribeira Grande, 18 de Dezembro de 2016

Este é o registo da minha mais recente viagem de trabalho. Fui até Vila Nova de Gaia e no pouco tempo que tive para fazer um rabisco, desci a Avenida da República e numa travessa junto ao “el corte inglés” deparei-me com esta igreja. A Igreja de S. Gonçalo em Mafamude. O tempo era escasso, por isso, não perdi tempo em tirar da sacola o caderno e a caneta. Quis, sem prestar muita atenção a pormenores, registar a visita a Gaia e não ficar com lamentos de não ter feito qualquer uso do meu diário gráfico. Muitos outros aspetos havia a registar. O desejo de ter desenhado, por exemplo, a Ponte da Arrábida, ou até mesmo a Ponte D. Luís I, fica sempre indissociável da vontade de regressar. 

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Correio dos Açores - Edição de 15 de Dezembro de 2016


Ribeira Grande, 12 de Dezembro de 2016

A caminho de casa, depois da jornada de trabalho, lembrei-me que ainda não tinha feito o rabisco para o jornal na presente semana. Como na semana que findou tive que me deslocar ao Município a fim de saldar a conta da água, reparei no tardoz do edifício dos Paços do Concelho da Cidade da Ribeira Grande. Pensei, na altura, para comigo – Isso aqui dava um rabisco bastante aceitável. E como a ocasião faz o ladrão, lá fui “roubar” este pedaço urbano ao tardoz da Câmara Municipal. Este edifício, em 1984, foi classificado como Imóvel de Interesse Público. Reconhecidamente, o edifício dos Paços do Concelho ocupa lugar de destaque no centro histórico da cidade. Devo salientar que, o largo no tardoz do edifício, ficou bastante melhor com a sua reorganização em termos de estacionamento. Melhorando o aspeto visual e deixando este edifício “respirar”.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Correio dos Açores - Edição de 7 de Dezembro de 2016


Ponta Delgada, 03 de novembro de 2016

O Ilhéu do Rosto do Cão, também conhecido por Ilhéu de São Roque dada a sua localização é “uma pequena e estreita península de material palagonítico relativamente litificado, que se estende cerca de 80 metros mar a dentro a partir da linha de costa, atingindo uma altura máxima de cerca de 35 metros. O ilhéu é constituído pelos restos muito desmantelados de um pequeno cone litoral, formado a menos de um centena de metros da costa, que a ela se juntou devido à acumulação de materiais eruptivos  (num processo semelhante aos do vulcão dos Capelinhos, embora de muito menor dimensão). O vulcão está instalado na falha que sai do Pico do Boi e vai até Rosto de Cão, marcando o local onde ela mergulha no mar.”

Aos mais atentos certamente darão por falta da bandeira da independência dos Açores fixada no cume deste ilhéu. Não estou contra qualquer manifestação dos ideais políticos para a região, cada um é livre de expressar as suas vontades e desejos dentro da liberdade e regras que todos nós devemos respeitar. O que não entendo, sendo este um “monumento natural” incluído na paisagem protegida na Reserva Ecológica Regional, é que seja permitido o acesso a este. Pois, as autoridades competentes deverão estar mais atentas.

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Correio dos Açores - Edição de 30 de Novembro de 2016


Ribeira Grande, 27 de Novembro de 2016

Este rabisco é a minha observação quando abro as portas da varanda. E, confesso, não me agrada. Não me agrada especialmente a coloração feita com lápis de cor aguareláveis. Mas cada vez mais me capacito que na próxima chance o resultado será melhor. Não sou tão lunático ao ponto de comparar a vida com um rabisco. Mas o certo é que o treino e a persistência fazem com que haja uma progressão natural de melhoria inerente, neste caso, à observação e desenho. E isso reflete-se, naturalmente, a tudo o que nos rodeia. Aos exercícios de matemática que a minha filhota tem a incumbência de resolvê-los, à simples condução de um automóvel. Portanto, a ênfase é não desistir.

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Correio dos Açores - Edição de 23 de Novembro de 2016


Ribeira Grande, 20 de novembro de 2016

Hoje apresento-vos a Ermida da Nossa Senhora da Ajuda, nos Fenais da Ajuda. Para saber o nome deste velho templo, tive que perguntar, a quem passava e o mais caricato da situação é que um habitante local não me soube informar. Fiquei perplexo, mas a verdade é que, no local, não existe uma única placa informativa nem mesmo a referência ao nome da Ermida. Já há algum tempo, a acompanhar um rabisco aqui publicado, referi a falta de informação e algum embelezamento nos nossos miradouros dispersos e constantes pela nossa ilha. Bem sei que aqui, neste local, não devemos exigir às entidades públicas a feitura desta informação cultural. Mas não ficava nada mal à Junta de Freguesia, junto com a Igreja local, tomarem a iniciativa de prestar essa informação ao cidadão comum, ao visitante e até ao próprio habitante da localidade. Bom, se calhar fui eu que tive o azar de não ir direito à pessoa certa.

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Correio dos Açores - Edição de 16 de Novembro de 2016


Ponta Delgada, 12 de Novembro de 2016

Nas primeiras horas depois do nascer do sol, o dia prometia ser claro, soalheiro e apetecível para deambular por algumas artérias da cidade da Ribeira Grande, com o intuito de captar pormenores: aspectos urbanos que, por certo, iriam despertar o meu desejo de rabiscar. Porém, o início da tarde veio quebrar essa promessa e este rabisco foi desenhado no interior do carro. Fiquei muito próximo da fachada desta igreja. Com medo de errar, comecei com a grafite e posteriormente com tinta-da-china. A coloração, tal como tantas outras, foi feita no conforto e no quentinho da nossa casa. Fica, então, o registo da tarde sombria, mas que, de forma habitual, consegui trazer o gosto pelo hobbie até casa, fazendo perdurar as sensações vividas aquando da sua realização.

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Correio dos Açores - Edição de 9 de Novembro de 2016


Ponta Delgada, 05 de Novembro de 2016


Sentado de costas na base do pedestal da estátua de S. Miguel Arcanjo, observo o bonito edifício, de estilo barroco dos séculos XVII e XVIII, dos Paços do Concelho de Ponta Delgada. Outrora já o tinha rabiscado e, tal como agora, não acertei com as proporções. Ainda assim, fica o registo, a tentativa. Enquanto desenho, registo ainda a presença de turistas pelas nossas artérias, todavia, não com o elevado número como se viu o verão passado. Por sinal, neste sábado, senti a cidade mais minha. Não tão cosmopolita e a preparar-se para o Natal. E com este chegam os “pisca-pisca” e os “ho-ho-ho” dos bonecos robô, vestidos de vermelho e de barbas brancas. É assim a mutação, enquanto na natureza temos o desabrochar das flores, o aparecimento dos diferentes matizes de verdes, o cair das folhas caducas, na sociedade temos transformação de conceitos consoante as épocas e vivências. 

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Correio dos Açores - Edição de 26 de Outubro de 2016


Ponta Delgada, 23 de Outubro de 2016

De tão esquisito andava o tempo, com abertas repentinas e inconstantes, que mais à tarde se veio a confirmar o temporal que esta mutabilidade revelava. Tanto revelava que a coloração do meu rabisco é também ela uma verdadeira panóplia de cores desgarradas umas das outras. Inicialmente procurei uma colagem, mas até esta se revelou inócua. Mas depois de colado, não fazia sentido estar a retirar. Daí a coloração por cima da folha do jornal. O aspeto que hoje vos apresento é a Torre da PT em Ponta Delgada, cidade que adoro desenhar. Mas sentado no muro da avenida, com o vento fresco e sentido, não foi das melhores sensações que desejava usufruir.  

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Correio dos Açores - Edição de 19 de Outubro de 2016


Angra do Heroísmo, 17 de Outubro de 2016

Meus caros leitores, não quero fazer deste espaço um lugar-comum de crítica política, mas como membro da CPI de S. Miguel do CDS-PP, não me sentiria bem deixar passar este tempo e não manifestar a minha indignação com os resultados do partido em referência. Ora, como é sabido, na única ilha onde o CDS-PP desceu foi na Terceira. Todavia, se analisarmos os mandatos, verificamos que foram eleitos 3 deputados desta mesma ilha (o blá blá blá vai começar quando me disserem que somos todos açorianos). Esta é a prova cabal, indispensável para uma futura reflexão interna, de que este partido anda mal dirigido. Anda ao sabor da prepotência e arrogância do seu líder. Os votos nas restantes ilhas andam a servir de “muleta” às suas “vitórias de Pirro”. Ou seja, esquarteja o partido. Um partido acantonado à Ilha Terceira. Não quero crer que as estruturas da ilha do Pico, da do Faial e mesmo a da das Flores, estejam satisfeitas com esta forma de liderança. Hoje percebe-se, ou melhor, desmonta-se, as razões do tal comportamento de Artur Lima aquando da escolha do cabeça de lista por S. Miguel. Enfraquecer o partido nesta ilha, de tal forma a que os votos sirvam tão só e apenas para eleger mais um ou outro mandato pelo círculo da compensação, onde todos os votos contam, mas que, no caso do CDS-PP, a composição desta lista não é equitativamente distribuída pelos restantes círculos eleitorais da Região. Mais, também se percebe as razões das primeiras palavras no discurso da noite eleitoral; justificar com esta “vitória de Pirro” que não está morto. Serve-se de apêndices para se salvar. E se analisarmos os resultados eleitorais deste partido desde 2008, para não falar desde sempre, é uma “montanha russa”, é um “sobe e desce” sem nexo, sem sentido. Por outro lado, convém registar que não conseguiu galvanizar o partido na Ilha do Corvo de forma a apresentar uma lista a este acto eleitoral. Ilha esta onde o CDS-PP já teve representação parlamentar. Posto tudo isto, estando o PSD Açores na “mó de baixo”, o CDS-PP, o natural “herdeiro” destes descontentes, não consegue reergue-se de forma “cabal”.


Quanto ao desenho, espero que gostem. É o Forte de S. Sebastião em Angra do Heroísmo. Cidade repleta de história e estórias. E que muito, mas mesmo muito gosto me dá rabiscar.

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Correio dos Açores - Edição de 13 de Outubro de 2016



Ponta Delgada, 10 de Outubro de 2016
Apesar de estarmos longe do carnaval, julgo que ninguém me levará a mal ao tomar a opção de escrever hoje sobre a atualidade política regional. No próximo dia 16 vamos ter eleições regionais. E muito por culpa dos partidos da oposição, não se discutiu nada de novo neste período de campanha eleitoral. Infelizmente, discute-se muito nas redes sociais os erros de uns, as provocações de outros e informação relevante, para fazer uma escolha capaz, nada. Ri-go-ro-sa-men-te NADA.


Todavia, houve uma notícia do jornal Expresso, na sua edição de 8 de outubro, que pouca relevância teve, e até mesmo nas redes sociais verifiquei que andávamos mais preocupados com o debate entre Hillary e Trump. O jornal expresso informa, segundo dados estatísticos do INE (Instituto Nacional de Estatística), o seguinte:  “A Região Autónoma dos Açores lidera, face ao resto do país, no desemprego, nas condenações por crimes de abuso sexual, no insucesso escolar, no abandono escolar e no analfabetismo, na violência doméstica, na gravidez na adolescência, no consumo de álcool, na pobreza persistente e bate os recordes nacionais de dependência do Rendimento Social de Inserção,18.292 beneficiários, 8.4% da população (dados de julho de 2016), a mais alta taxa do país (que é de 2%).” Posto isto, pouco mais há a dizer sobre as eleições regionais. 

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Correio dos Açores - Edição de 05 de Outubro de 2016



Ponta Delgada, 01 de Outubro de 2016


Todos nós temos história? Sim, temos todos. E a minha, no sábado passado, foi a participar num workshop de escrita e desenho no jornalismo. Mas ao que parece, escrever este texto está a ser bem mais difícil do que os outros. Está, pois! Terá sido porque aprendi que devemos pensar no arranque da crónica/texto e, ou, encontrar forma de manter preso o leitor aos nossos escritos? Bem, toda esta panóplia de informação recebida, neste passado fim-de-semana, leva-me à seguinte conclusão: a crónica está no limbo entre texto literário e o jornalismo (que raio, não percebo nem dum, nem doutro). Depois, não é notícia, não tenho que me preocupar com  “o quê, quem, quando, onde, como e porquê”. Mas há algo que me preocupa, são os desenhos. Gosto que o leitor se identifique com eles, se envolva com as cores, com os lugares, com a paisagem, e perceba um pouquinho da minha ou da sua história apenas com o rabisco!

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Correio dos Açores - Edição de 29 de Setembro de 2016



Ribeira Grande, 25 de setembro de 2016


Depois de um passeio de moto 4 pelo Monte Escuro, o ponto de descanso no percurso de regresso foi no miradouro de Santa Iria. Nunca tinha ganho a coragem de rabiscar esta paisagem para nascente, uma vez que, para mim, a vista presencialmente é deslumbrante. Os traços a caneta foram feitos em menos de 5 minutos. A coloração, de memória, foi feita em casa, sentado no sofá. E assim vou registando o meu dia-a-dia, ávido em aprender mais nestas coisas do desenho, das aguadas e do registo momentâneo dos sentimentos e observações. Por isso, vou participar num workshop “A escrita e o desenho no jornalismo”, um projeto da autoria de Alexandra Prado Coelho e Eduardo Salavisa, promovido pela A Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada.

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Correio dos Açores - Edição de 21 de Setembro de 2016


Ribeira Grande, 18 de setembro de 2016

Já uma vez havia referido que o diário gráfico permite-nos registar, através de rabiscos, o nosso dia a dia, independentemente da paisagem e do local. Funciona exatamente como os típicos diários que deixam maravilhadas tantas jovens e adolescentes. A diferença é que em vez de palavras, os momentos são marcados por desenhos e, no meu caso, já não sou propriamente um jovem.

Assim sendo, se esse rabisco estivesse representado por palavras, contaria a seguinte história: está um dia de sol e, como é habitual acontecer aos domingos, vim almoçar a casa dos meus sogros. Enquanto aguardámos os membros da família que ainda não chegaram, aproveito para usufruir de uma sombra, desfrutando da companhia do meu sogro, e fazendo, descontraidamente, uma das coisas que mais gosto de fazer: colorir o meu diário gráfico. 

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Correio dos Açores - Edição de 14 de Setembro de 2016


Ribeira Grande, 11 de Setembro de 2016

Há relativamente pouco tempo apresentei um rabisco desta ponta, mas vista do lado inverso, ou seja, uma vista de poente para nascente. Hoje, a que vos apresento, é a tão apreciada vista da Ponta do Cintrão, observada do Miradouro de Santa Iria. Neste miradouro temos a possibilidade de contemplar quase toda a costa norte da nossa ilha, desde a ponta de João Bom até quase ao Nordeste. Inclusive observamos as cumeeiras das Sete Cidades, outro “ex libris” da nossa ilha. 

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Correio dos Açores - Edição de 07 de Setembro de 2016


Calheta, Ilha de S. Jorge, 05 de setembro de 2016

No momento em que escrevo este pequeno texto, chove copiosamente e a vontade de regressar a Ponta Delgada, quando ainda me encontro no avião, é já imensa. Ainda assim, decidi aproveitar o momento comemorativo dos 75 anos da SATA e, enquanto me desloco a São Jorge, felicitar a nossa companhia de bandeira açoriana com este rabisco. Com efeito, se por um lado criticamos muitas vezes a SATA pelo serviço, pela gestão, pela errante estratégia de exploração de outros mercados, por vermos e sentirmos que é ainda uma porta de entrada a “familiares”, desprivilegiando o mérito e as capacidades técnicas de tantos outros, quero crer que se fosse uma empresa privada algumas destas observações não tinham razão de existir. Há, pois, que reconhecer que, ao longo destes 75 anos, passos importantes foram dados, nomeadamente a criação e manutenção da SATA Internacional, agora Azores Airlines. Este sim, julgo ter sido um marco importante na vida da nossa companhia, pois, para nós, açorianos, a dependência do exterior seria muito maior.

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Correio dos Açores - Edição de 01 de Setembro de 2016


Lagoa, 29 de agosto de 2016

No intervalo da minha hora de almoço e, depois de deixar a minha filhota no complexo de piscinas da Lagoa, lembrei-me que nunca tinha feito um rabisco da Baía de Santa Cruz, com vista para poente. Outrora desenhei a Igreja da Matriz de Santa Cruz, mas este que hoje vos apresento é a primeira vez. Não me quis perder em muitos pormenores, mas de uma forma geral julgo ter dado uma ideia do que dali se observa. É um anfiteatro que se desenvolve para norte, onde os tardozes das moradias que por lá se edificaram são possuidores de uma vista magnífica. Pena é que esta Baía tenha o seu projeto de requalificação suspenso desde 2010, justificado na época pela grave crise económica que se vivia. Julgo, agora, ser altura de retomar este projeto, pois, será, com toda a certeza, uma mais valia para a Região, para a ilha de S. Miguel, mas essencialmente para os munícipes da Cidade de Lagoa.

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Correio dos Açores - Edição de 24 de Agosto de 2016


Ribeira Grande, 21 de Agosto de 2016

Depois de um almoço tardio por um restaurante em Ponta Delgada, lá se decidiu ir até às Sete Cidades. Subir o caminho pela Covoada fazia prever que a vista sobre a Lagoa das Sete Cidades teria que ficar para outra ocasião. Mas insistimos e valeu a pena. Pois, no miradouro do Cerrado das Freiras a vista sobre a lagoa azul era total. Depois de fazer uns traços gerais, resolvi não fazer esperar mais os meus companheiros. Fechei o caderno e lá seguimos a nossa viagem. Ao contrário do último desenho, onde a opção foi não aguarelar o lápis de cor, neste, resolvi, de memória, colorir e aguarelar o lápis de cor.  

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Correio dos Açores - Edição de 17 de Agosto de 2016


Ribeira Grande, 14 de Agosto de 2016


A principal localidade nortenha, a cidade da Ribeira Grande, passou, desde há pouco tempo a esta parte, a ser o meu epicentro habitacional. E, confesso, ainda não me pus a deambular pelas ruas e ruelas desta bonita cidade. Quero fazê-lo com tempo, com um olhar despreocupado. Quero sentir a cidade e as suas gentes. Mas quero, essencialmente, voltar a apanhar o meu habitual registo. Hoje, o que vos apresento, é parte da Ponta do Cintrão, mas numa vista que não é tão conhecida pela maior parte dos veraneantes e visitantes do miradouro de Santa Iria. A minha opção neste rabisco, foi colori-lo a lápis de cor aguarelável, todavia, gostei das texturas que o lápis provocou na superfície do suporte e não entrei pela fusão de cores que certamente a água iria provocar.

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Correio dos Açores - Edição de 10 de Agosto de 2016


Ribeira Grande, 07 de Agosto de 2016

Confesso que o local e o silêncio exigia melhor, mas entre mudanças, partilhas e assuntos profissionais, numa passagem rápida pela freguesia dos Fenais da Ajuda, este foi o rabisco possível. O ato de desenhar é excelente para nos abstrairmos das correrias do dia-a-dia, mas os pensamentos permaneciam como uma espécie de nuvem que não me permitia ver além do imaginário do pensamento. Mas o gosto de partilhar convosco o meu diário gráfico, o compromisso com este jornal, fazem com que vá ganhando algum “descaramento” (desculpem-me a expressão) em apresentar-vos os rabiscos, mesmo aqueles que eu menos aprecio. 

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Usk - Terceira - Diário Insular


O programa arrancou com uma conversa informal com grupo Urban Sketchers, que contou com a presença de Paulo Brilhante, de São Miguel, primeiro urban sketcher açoriano a publicar em livro o seu diário gráfico. Técnico de engenharia, Paulo Brilhante começou a tomar notas em cadernos gráficos, por necessidade, na profissão, mas nos tempos livres foi ganhando gosto pelo desenho. Depois de muitos anos a desenhar sozinho, integrou um movimento de Urban Sketchers em São Miguel e recentemente editou um livro com uma seleção de desenhos, cujas receitas revertem para a delegação regional da Associação de Cegos e Ambliopes de Portugal. Para Paulo Brilhante, os encontros de Urban Sketchers permitem que os artistas se desinibam de desenhar em público e ajuda-os a evoluir, ajudando-se mutuamente. “Essa troca de experiências com outras pessoas que possivelmente não tiveram a mesma dificuldade vainos enriquecer e vamos ultrapassando as nossas barreiras na partilha com outros sketchers”, frisou. O Alto da Memória é um dos monumentos da ilha Terceira que já passaram pela caneta de Paulo Brilhante, mas o urban sketcher destaca muitos outros. “Todo e qualquer recanto aqui na ilha Terceira tem um relato histórico que é importante nós registámos”, salientou. Na Galeria Re.Act há, até dia 15, uma sala dedicada apenas aos desenhos dos Urban Sketchers, mas há mais de 100 obras expostas.

Correio dos Açores - Edição de 03 de Agosto de 2016


Praia da Vitória, 01 de Agosto de 2016

Aproveitando uma visita à Ilha Terceira por razões profissionais, aceitei com um enorme gosto o convite que me foi endereçado pelo grupo Usk-Terceira a participar numa tertúlia à volta do desenho em diários gráficos. Para mim foi um encanto ver a sala repleta de gente interessada no desenho em cadernos. Os impulsionadores do grupo Usk-Terceira, o Emanuel Felix e a Rosa Chaves, estão de parabéns pela excelente dinâmica que estão a criar à volta do desenho. Posteriormente foi inaugurada uma exposição de desenhos em diários gráficos onde estão patentes vários “urbansketchers” da Ilha Terceira. Mas o dia não acabou com a visita à exposição. Para os mais persistentes, e lá por volta das 23:30, ainda restou um tempinho para desenhar a Igreja que hoje vos apresento – Igreja da Matriz de Santa Cruz – Praia da Vitória.

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Correio dos Açores - Edição de 27 de Julho de 2016


Ponta Delgada, 24 de Julho de 2016

Hoje apresento-vos um “ex libris” da nossa cidade, as Portas da Matriz. Estas portas são um símbolo da primitiva defesa terrestre da cidade, na costa sudoeste da ilha. Data a sua construção em 1733 e com o início das obras de abertura da Avenida Infante D. Henrique em 1948, foram apeadas. Depois novamente erguidas no centro da Praça de Gonçalo Velho em 1952, onde permanecem até hoje. Sendo que hoje é um símbolo de entrada para a cidade de Ponta Delgada que caracteriza perfeitamente o nosso bem receber.

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Correio dos Açores - Edição de 20 de Julho de 2016


Ponta Delgada, 18 de julho de 2016

Esta segunda-feira tive que fazer uma viagem relâmpago à ilha Terceira. No aeroporto comecei por fazer o rabisco que hoje vos apresento, sentado, a fazer tempo, antes de entrar para a zona de controlo da bagagens de mão. Depois do convite aos passageiros para se dirigirem para a porta de embarque e fazermos fila, reparo na manutenção a ser realizada ao avião que nos levaria até ao nosso destino. Tudo isso é normal. O que, e eu sou leigo nesta matéria, não acho normal, durante a entrada dos passageiros para o avião, ainda permanecerem 2 mecânicos em cima deste a executar as tarefas de manutenção e ou reparação. Se há coisa que gosto de sentir quando viajo de avião é segurança. Mais uma vez em meu entender, toda a manutenção devia ter sido realizada antes de ter sido dada ordem de entrada na aeronave. E nestas coisas de segurança de aeronaves emprega-se bem o provérbio de César e Pompeia – não basta o avião estar seguro, tem que parecer seguro.

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Correio dos Açores - Edição de 13 de Julho de 2016


Ponta Delgada, 10 de julho de 2016

Antes do almoço, fui até ao Cerco, na Caloura. O dia estava quente e abafado e, nesta magnífica orla costeira, não se sentia uma única brisa fresca. Não obstante, rendi-me à beleza da paisagem, deduzindo que, junto ao mar, a aragem seria sempre mais agradável e propícia ao desenho. Palmilhei uns metros de escoada vulcânica até encontrar um local cómodo, dentro do espectável, para me sentar e observar o anfiteatro que é esta zona da Caloura. A sensação que tive ao percorrer uma dúzia de metros foi de que a terra conquistou o mar de mansinho e ali permanece de forma sólida e inabalável. 

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Correio dos Açores - Edição de 6 de Julho de 2016


Ponta Delgada, 3 de junho de 2016

Continuo a sentir uma necessidade imensa de mudar o tipo de registo que vou fazendo. Outrora já senti isso e, hoje, essa necessidade nota-se a cada desenho que vou fazendo. Não encontro um sentido de registo idêntico ao anterior. Às vezes, penso que é da observação que vou fazendo aos múltiplos tipos de registo efetuados por amigos “facebokianos”, com o mesmo espírito do “urban sketch”; outras vezes, penso que é um processo natural de evolução, ou não, do nosso próprio modo de observar e registar. Ainda assim, não desconsidero a influência da minha forma de ser e estar na vida em todo esse processo: pouco habituado a acomodar-me ao que me impõem, livre de pensamento, descomplexado face à crítica e apaixonado pelo registo gráfico. Por todos esses motivos, os rabiscos que vos apresento ao longo deste tempo são uma manifestação de liberdade, de génese açoriana.

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Correio dos Açores - Edição de 29 de Julho de 2016


Ponta Delgada, 26 de Junho de 2016

Quando o observado assusta, geralmente, e instintivamente, começo com um pré esboço a grafite. Foi o que aconteceu com este rabisco feito no passado domingo em Ponta Delgada. Confesso que não me agrada o que fiz, pois, a ideia era realizar o “skyline”, mas a dada altura perdi-me com todas as vistas, saliências e reentrâncias dos socos, beirais e outros de mais. O conseguido não foi o esperado, daí, talvez, não tivesse optado pela coloração com aguarela. Fiquei-me pela passagem do pincel molhado na linha entre o espaço negativo e o positivo

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Correio dos Açores - Edição de 22 de Junho de 2016


Ponta Delgada, 18 de Junho de 2016

Não quero, de forma alguma, defraudar os leitores desta rubrica com assuntos político-partidários da atualidade açoriana, todavia, como militante, como membro eleito por estes para a Comissão Política de Ilha do CDS-PP, não podia deixar de mostrar o meu desagrado à classe dirigente regional do meu partido.

Nos últimos dias, muito se tem falado da não-aceitação do Nuno Barata como cabeça de lista por S. Miguel às próximas eleições regionais pelo CDS-PP. Devo dizer, e como é sabido, que esta escolha foi feita, por unanimidade, pela CPI, órgão que tem como umas das suas incumbências indicar o nome do cabeça de lista em representação dos seus militantes. A atitude despropositada e desprovida dos reais valores de lealdade política e pessoal do presidente do partido, Drº Artur Lima, ao retirar a confiança a Nuno Barata, só vem demonstrar que a cúpula do CDS regional tem receio de um CDS, em S. Miguel, forte, coeso e unido em torno de um nome – Nuno Barata. O Drº Artur Lima, não bastante com essa repudiável atitude, vem, agora, de uma machadada, dar cobertura a um desejo pessoal da líder do partido, Drª Assunção Cristas que, desta forma, entra muito mal na região e em especial no CDS S. Miguel.

Quanto ao rabisco de hoje, só me apraz dar os parabéns aos seus novos proprietários pela bela recuperação que fazem de uma casa emblemática e caracterizadora do Largo 2 de Março em Ponta Delgada.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Correio dos Açores - Edição de 15 de Junho 2016


Ponta Delgada, 12 de junho de 2016

Quando iniciei estes rabiscos, não estava a pensar em apresentá-los aqui, nesta rúbrica. Mas gostei da fusão das aguadas e resolvi mostrá-los aos leitores deste Jornal. Todavia, a composição não é a mais indicada. Se tivesse pensado melhor, teria optado por outro ponto de vista aquando da escolha do local para desenhar a Igreja da Luz, situada na Pedreira, Nordeste, ou então, tê-la-ia desenhado na página da direita do caderno, por forma ao seu frontispício não ficar virado para o “nada”. Nesta minha ida fugaz ao Nordeste, ainda consegui uns breves minutos para rabiscar o Farol do Arnel, tanto no Miradouro da Ponta do Arnel, como também no Miradouro da Vista dos Barcos.

domingo, 12 de junho de 2016

Domingos Rebêlo

Fui visitar com a minha filhota a exposição "Sou um trabalhador incansável, absorvido totalmente na minha arte, porventura um pouco sonhador, não acha?" de Domingos Rebêlo




Está exposta no Museu Carlos Machado, em comemoração dos 125 anos do nascimento do artista micaelense - Domingos Rebêlo. E o título desta exposição diz tanto.

Nunca devemos baixar os braços ao trabalho que gostamos de fazer. Mais, vai muito além desta manifestação de entrega ao que gostamos. Atira-nos para o futuro. Incentiva à criação de coisas novas, porque sonhar é isso. Sonhar é, e não só, acreditar que se pode alterar o estados das coisas. 

Como é sabido, tenho-me debatido por uma maior dinâmica para o grupo USK Açores, parece que agora também já são USK S. Miguel. Manifesto, sem rodeios, sem hipocrisias, com coragem de tocar com os dedos nas feridas, as minhas opiniões sobre o que gostava de ver num grupo de desenho em diários gráficos. O que tenho feito não é criticar por criticar. É criticar e sugerir. Podem até menosprezar estas opiniões, acusando-as de "bullying" ao grupo, no entanto, antes de menosprezar e acusá-las do que quer que seja, deviam discuti-las. Reconhecer que, em vez de se perder tempo em formalismos, e isso o grupo USK Terceira deve já andar farto, há muito a dinamizar. Vou-me repetir. E repito-me porque vejo a mesma inércia, o mesmo mofo. 

O trabalho sobre desenho de escolas e instituições em volta dos alunos em S. Miguel é meritório. Devemos valorizar o trabalho dos professores que, na maior parte dos casos, com poucos recursos fazem imenso. Exemplo disso foi o trabalho desenvolvido no Centro de Artes Contemporâneas - Estar para ver... (n)o arquipélago e, no âmbito desta exposição que acima vos falo, o desafio que foi lançado aos alunos e professores das escolas Domingos Rebelo e Antero de Quental. Abaixo alguns destes trabalhos. E trabalhos estes; magníficos!








Agora, o que o grupo USK Açores poderia fazer é imenso. Está reduzido à realização de uns encontros. Felizmente que a partir de Agosto de 2015, depois de uma critica e uma pedrada no charco, foram dinamizados mais encontros. Falta mais, muito mais. Falta dinamizar workshops, falta contactar casa de cultura existentes em diversas e inúmeras freguesias da ilha, interagir com escolas das diversas localidades, trazer ao meio as diversas experiências dos artistas locais, realizar exposições em diversas localidades da ilha, criar desafios à comunidade sketcher no blogue. E tudo isso tem razão de ser, vejamos:
1 - Fomentar workshops - fazer com que o cidadão comum tenha uma ferramenta que o faça munir de capacidades iniciais para a prática do desenho em cadernos, fazendo o seu diário gráfico;
2 - Contactar casas de cultura - ir ao encontro destas mesmo, para de alguma forma, interagir com as populações locais, desde os mais jovens, aos de mais idade;
3 - Interagir com escolas - fazer palestras / divulgações junto destas para de alguma forma levar a conhecer o quão estimulante é desenhar em cadernos, ou outro qualquer suporte;
4 - Artistas locais - convidar estes artistas a participarem nos encontros e a falarem um pouco das suas experiências, os seus suportes de experimentalismos, técnicas, materiais, etc...;

Enfim, um conjunto de sugestões que não são realizadas por inercia, pouca vontade, pouca iniciativa e uma acomodação sem igual em qualquer agremiação.

Estou muito contente por ter sabido, em Maio último, aquando da minha participação no Encontro Internacional de Desenho de Rua, Torres Vedras, de um workshop que se irá realizar nos próximos tempos em Ponta Delgada, ministrado por um excelente skecher português e uma escritora de renome nacional. Não poderei avançar mais pormenores uma vez que foi-me dito numa conversa casual. E só estou a tocar neste assunto, para demonstrar que, infelizmente, temos que esperar que outros de fora venham fazer um trabalho que os de cá não estão a ser capazes de dinamizar.

quinta-feira, 9 de junho de 2016

O acaso... o destino...


Há coisas extraordinárias na nossa vida.

No sábado passado, 4 de junho, houve um encontro no jardim António Borges, em Ponta Delgada, para desenhar com a Helena Monteiro. O destino quis que eu não estivesse presente para desenhar com essa Amiga. O destino quis, que aos 99 anos de vida da minha avó, ela partisse. Não podia, de forma alguma, sobrepor este momento ao ato de desenhar. Mas esse mesmo destino tornou possível desenhar com ela. Ia eu a passar de carro, quando a observo em sentido contrário ao meu. Acho que também o destino quis que esse ponto de cruzamento entre nós, numa via super movimentada e com proibição de paragem e estacionamento, tivesse uma pequena entrada de propriedade, para fazer uma breve paragem, sair do carro e cumprimenta-la. Não tive meias medidas que não oferecer a minha disponibilidade para levá-la até onde quisesse. Ela respondeu que ia desenhar, a uns passos mais à frente, a Ermida de S. Gonçalo. E eu, com o maior gosto, ofereci-me para acompanhá-la.

Pois é, aqui está o resultado desse nosso encontro. 

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Correio dos Açores - Edição de 08 de Junho de 2016


Ponta Delgada, 06 de junho de 2016

Desenhar pequenino, para não me perder na imensidão do observado, tem sido uma das características que tem marcado os meus últimos rabiscos. Este, que hoje vos apresento, é disso exemplo. O momento não estava para grandes cores, daí ter escolhido o amarelo para, de certa forma, trazer à frente o que desenhei.

No sábado, partiu da sua vida terrena, a minha última referência em termos de progenitores: a minha avó paterna, a avó Boanova. A única avó que tive oportunidade de conhecer e conviver, pois a outra partiu cedo demais. À avó Boanova devo a teimosia e o gosto pela partilha, pela dádiva. Julgo até que foi a primeira característica que a fez viver até aos 99 anos. Hoje, com 43 anos, tenho cada vez mais consciência que todos os valores (modéstia à parte, foram excelentes estes valores) que recebi dos meus ascendentes, nomeadamente da minha mãe, foram determinantes na pessoa que hoje sou. É, por isso, com enorme responsabilidade que acompanho o desenvolvimento da minha filha, no sentido de lhe transmitir todos esses valores. 

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Correio dos Açores - Edição de 01 de Junho de 2016


Ponta Delgada, 29 de maio de 2016

O Núcleo de Santa Bárbara do Museu Carlos Machado derivou da adaptação de um antigo recolhimento que  remonta ao início do séc. XVII. Nos dias de hoje arroga utilidades museológicas, sendo um lugar de memória, onde a iniciativa cultural prevalece.


Na coloração deste rabisco, e ao contrário do que possa parecer, não utilizei aguarelas. Mas sim marcadores que previamente passei numa superfície vidrada para obter a tinta e depois misturei com água, passando depois para o desenho, com exceção do amarelo que foi de marcação direta.

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Correio dos Açores - Edição de 25 de Maio de 2016


Ponta Delgada, 23 de maio de 2016

Hoje apresento-vos um rabisco de duas localidades diferentes da ilha de Santa Maria, a magnífica Baía de S. Lourenço e dois elementos da localidade dos Anjos. A Baía que aqui retrato é linda, e garanto-vos, não consegui mostrar a beleza desta vista. Depois, não contente com o resultado, e já dando como perdida a dupla folha com a vista, acrescentei a estátua de Cristóvão Colombo, erigida aquando do V centenário da sua passagem por aquela ilha. Ainda nos Anjos, e mesmo junto à estátua, está aquela que provavelmente terá sido a primeira igreja dos Açores, erguida em 1439, primitivamente em madeira com cobertura de palha. Foi reerguida em alvenaria de pedra entre 1460 e 1474. Como sabemos, a ilha de Santa Maria foi descoberta por volta de 1427 por Diogo de Silves e serviu de escala, em 1493, a Cristóvão Colombo no regresso da sua primeira viagem à América. Também reza a história que nela terão cumprido o voto de ouvir missa em Ação de Graças, em 19 de fevereiro de 1493, os marinheiros de Cristóvão Colombo, no regresso da viagem de descobrimento da América.

terça-feira, 24 de maio de 2016

Lançamento de saquetas de açúcar – RABISCOS DA MINHA ILHA

A SINAGA, SA, está a lançar no mercado uma nova coleção de saquetas de açúcar intitulada “Rabiscos da Minha Ilha”.


“Rabiscos da Minha Ilha” é também o título do livro de Paulo Brilhante e Carmen Ventura onde o desenho e a escrita se fundem num ato de amor pelo belo da ilha de São Miguel através do traço, da cor e da palavra.
Selecionamos 24 desenhos dos muitos que o Paulo Brilhante publicou no livro e produzimos esta coleção como forma de nos associarmos também à homenagem prestada pelo artista à sua mãe em particular e aos invisuais em geral.



A SINAGA tradicionalmente produz saquetas com temas alusivos aos Açores afirmando assim a suas raízes de indústria regional secular fortemente implementada nos hábitos alimentares dos açorianos.


As saquetas “Rabiscos da Minha Ilha” serão comercializadas nos Açores e no Continente em embalagens de 125 unidades (750g).

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Pela terra vermelha





Numa recente viagem que fiz em trabalho à ilha de Santa MAria, e fazendo tempo para chegar à hora de me dirigir até ao aeroporto para apanhar o avião de regresso, peguei no caderno e lá me pus a rabiscar. Só o último é que completei em casa, sentado na secretária.