"O artista, um contemplativo que passa, atento somente, às manifestações de cor, de harmonia e de beleza, que escapam aos olhos dos outros."
Domingos Rebêlo, num artigo que escreveu sobre os seus tempos de estudante em Paris, in "Açoreano Oriental", 13 de Janeiro de 1946.

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Correio dos Açores - Edição de 19 de Outubro de 2016


Angra do Heroísmo, 17 de Outubro de 2016

Meus caros leitores, não quero fazer deste espaço um lugar-comum de crítica política, mas como membro da CPI de S. Miguel do CDS-PP, não me sentiria bem deixar passar este tempo e não manifestar a minha indignação com os resultados do partido em referência. Ora, como é sabido, na única ilha onde o CDS-PP desceu foi na Terceira. Todavia, se analisarmos os mandatos, verificamos que foram eleitos 3 deputados desta mesma ilha (o blá blá blá vai começar quando me disserem que somos todos açorianos). Esta é a prova cabal, indispensável para uma futura reflexão interna, de que este partido anda mal dirigido. Anda ao sabor da prepotência e arrogância do seu líder. Os votos nas restantes ilhas andam a servir de “muleta” às suas “vitórias de Pirro”. Ou seja, esquarteja o partido. Um partido acantonado à Ilha Terceira. Não quero crer que as estruturas da ilha do Pico, da do Faial e mesmo a da das Flores, estejam satisfeitas com esta forma de liderança. Hoje percebe-se, ou melhor, desmonta-se, as razões do tal comportamento de Artur Lima aquando da escolha do cabeça de lista por S. Miguel. Enfraquecer o partido nesta ilha, de tal forma a que os votos sirvam tão só e apenas para eleger mais um ou outro mandato pelo círculo da compensação, onde todos os votos contam, mas que, no caso do CDS-PP, a composição desta lista não é equitativamente distribuída pelos restantes círculos eleitorais da Região. Mais, também se percebe as razões das primeiras palavras no discurso da noite eleitoral; justificar com esta “vitória de Pirro” que não está morto. Serve-se de apêndices para se salvar. E se analisarmos os resultados eleitorais deste partido desde 2008, para não falar desde sempre, é uma “montanha russa”, é um “sobe e desce” sem nexo, sem sentido. Por outro lado, convém registar que não conseguiu galvanizar o partido na Ilha do Corvo de forma a apresentar uma lista a este acto eleitoral. Ilha esta onde o CDS-PP já teve representação parlamentar. Posto tudo isto, estando o PSD Açores na “mó de baixo”, o CDS-PP, o natural “herdeiro” destes descontentes, não consegue reergue-se de forma “cabal”.


Quanto ao desenho, espero que gostem. É o Forte de S. Sebastião em Angra do Heroísmo. Cidade repleta de história e estórias. E que muito, mas mesmo muito gosto me dá rabiscar.

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