"O artista, um contemplativo que passa, atento somente, às manifestações de cor, de harmonia e de beleza, que escapam aos olhos dos outros."
Domingos Rebêlo, num artigo que escreveu sobre os seus tempos de estudante em Paris, in "Açoreano Oriental", 13 de Janeiro de 1946.

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Correio dos Açores - Edição de 24 de Dezembro de 2015


Ponta Delgada, 20 de Dezembro de 2015

Durante o passado fim-de-semana, o frio provocou uma vontade de nos mantermos no conforto da nossa casa. Porém, o gosto de mostrar a nossa ilha, num desenho de cada vez, fez-me contrariar essa vontade e percorrer a nossa cidade. Inicialmente e, pelo percurso que fiz, pensei em rabiscar as portas de entrada das moradias com placas identificativas de alguns notáveis que viveram e moraram na nossa cidade. Ficará, com toda a certeza, para uma outra ocasião. Todavia, e porque os chuviscos não permitiram, procurei um local abrigado e hoje apresento-vos a escadaria de entrada para o complexo das “portas do mar”. Aproveito a oportunidade para desejar a todos os leitores e amigos um Santo e Feliz Natal.

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Correio dos Açores - Edição de 17 de Dezembro de 2015


Ponta Delgada, 12 de Dezembro de 2015

Durante um passeio até Vila Franca do Campo e, com um pedido de atenção para esta moradia, deparei-me com um objeto para desenhar muito próximo da minha vista. De modo a abranger a beleza que envolve aquela moradia, comecei a desenhar pequenino e, para não parecer uma imagem plana de duas dimensões, distorci, tanto à direita, como à esquerda, para lhe dar um efeito tridimensional. Procurei, com a película colorida, destacar a moradia a que me propus rabiscar.

De referir que esta moradia pertenceu à Família Casimiro, gente ligada à arte de trabalhar a pedra. A cantaria foi feita e esculpida pelo Mestre António Casimiro, ilustre mestre de talhar pedra, natural de Vila Franca do Campo, que, aquando da sua construção inspirou-se no estilo inglês, pois, havia sido mandado especializar-se em Inglaterra na área de construção de grandes lareiras. 

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Correio dos Açores - Edição de 8 de Dezembro de 2015


Ponta Delgada, 05 de Dezembro de 2015

Hoje apresento-vos um rabisco feito na costa norte da nossa ilha. A Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, Bretanha. Virada para nascente, esta Igreja foi construída em outubro de 1856 e havendo uma reparação e reconstrução em 1975. A vista no átrio de entrada é simplesmente fantástico. A ida a esta localidade foi com o propósito de desenhar a costa norte com vista para nascente, mas a nebulosidade não tornou aquilo que observava apetecível para colocar mãos ao rabisco. 

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Correio dos Açores - Edição de 3 de Dezembro de 2015


Ponta Delgada, 29 de novembro de 2015

Fará amanhã 1 ano que iniciei esta aventura de publicar um rabisco por semana neste Jornal, o Correio dos Açores. Procurei sempre, de uma forma descontraída e despretensiosa, mostrar-vos um pouco das nossas localidades e dos locais por onde vou passando. Umas vezes, com uma crítica mais incisiva; outras, considerando apenas uma observação do cidadão, do contribuinte, do habitante. E hoje, como consumidor de cultura.

Muito se tem falado na tomada do poder por parte do partido socialista. Legitimidade constitucional há; agora, haverá legitimidade moral? E a geringonça já começou a andar. Mas por falar em geringonça, não precisávamos ir até ao governo da república. Cá, bem no centro de Ponta Delgada, temos o Museu Carlos Machado fechado há, mais ou menos, 9 anos, sem nenhum argumento válido que justifique tamanha demora. Uma vergonha. Uma calamidade cultural. Reflete o laxismo, inércia e latente incompetência governativa, em termos culturais, dos dinheiros públicos. Haja decoro.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015


Ponta Delgada, 21 de novembro de 2015

No desejo de querer concluir o desenho, não tive o cuidado de confirmar a data do dia, pois, não o fiz no dia 20, mas sim no sábado, 21 de novembro.

Sempre que vou à Ribeira Grande não deixo de pensar no quanto é uma pena que a habitual entrada para o centro desta cidade fazer-se poente/nascente e este importantíssimo monumento ficar nas costas do nosso olhar. Atenção que, com isso, não estou, de forma alguma, a criticar o sentido circulatório da cidade e muito menos a sugerir a sua alteração. Longe disso. Por outro lado, a minha visita à cidade nortenha teve a ver com a curiosidade em ver o novo largo e jardim em frente aos paços do concelho. Endereço, desde já, os parabéns ao município pela obra, pois constata-se que cria outra envolvência entre o jardim e os diversos elementos à volta deste. Vê-se, agora, que aquela zona respira. Contudo, desejo que o estacionamento à volta deste jardim não seja permitido, uma vez que devemos deixar respirar estes monumentos, fazê-los, por si só, interagir com a envolvente.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015



Ponta Delgada, 14 de novembro de 2015


Entre a degustação de um crepe com gelado de sabor a amora e as hipotéticas prendas de natal, pus-me a rabiscar a paisagem à minha frente, na companhia de 3 magníficas mulheres. Na construção deste rabisco não me importei com a cor, até porque apliquei a aguarela confortavelmente sentado no sofá. Todavia, quis marcar as 3 faixas do que observava com 3 diferentes cores. O céu, o verde das pastagens e pequenos montes e o aglomerado habitacional. Para quebrar a monotonia do céu azul, colei pedaços rasgados de jornal a tentar dar aspeto de nuvens. Um registo diferente do habitual, mas que me deu bastante consolo fazê-lo.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Correio dos Açores - Edição de 11 de Novembro de 2015


Ponta Delgada, 08 de Novembro de 2015

Ao descer a Avenida Gaspar Frutuoso e, com o propósito de rabiscar o antigo edifício da RDP – Açores, não pude deixar de ir pensando com os meus “botões”… Agora, como tudo indica vir a acontecer, com um governo regional de esquerda e um governo nacional da mesma frente ideológica, não vão faltar motivos para fazer o contrário do que fez a direita até aqui em termos culturais. Desta forma, comecemos já por exigir a compra do imóvel, em parceria com o município, ou até mesmo a sua manutenção no património do estado. A rádio nos Açores merece outro cuidado e atenção.

Quanto ao rabisco, fi-lo de forma muito rápida. Podia e devir ter-me preocupado com as proporções dos espaços entre elementos da fachada, mas a rapidez foi tanta que só me deparei com algumas falhas de construção quando o desenho já ia avançado. Depois, na coloração, no próprio local, procurei carregar nas sombras, dar alguma profundidade ao objeto desenhado e fazer parecer o verdadeiro estado de abandono em que o edifício se encontra.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Correio dos Açores - Edição de 4 de Novembro de 2015


Ponta Delgada, 02 de Novembro de 2015

Hoje apresento-vos uma vista parcial da fachada do antigo Hospital de Ponta Delgada, designado na altura como Hospital de S. José. Viu e fez nascer a maioria dos habitantes desta nossa terra. E, por ironia do destino, aos filhos dos que viu nascer, está a formá-los. Neste emblemático edifício está hoje a Escola Profissional da Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada. 

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Correio dos Açores - Edição de 28 de Outubro de 2015


Ponta Delgada, 25 de Outubro de 2015


Tenho arriscado o rabisco de paisagem e estou a gostar imenso. Muitas vezes parece mais simples de fazer, dado que busco as manchas, as formas através de comparação com figuras geométricas, mas jogar e colocar, essas figuras, com a devida proporção, é que é o mais complicado. Com a coloração, aplicando os diferentes tons, neste caso de verdes, e as sombras, dá-nos um efeito de profundidade. É o que acontece com este rabisco feito na Ribeira Quente, encostado ao murete de proteção entre o mar e a rua da Trincheira, onde fico a olhar, a contemplar, a primeira terra pisada e povoada na ilha de S. Miguel (ficaria conhecida por Povoação Velha de S. Miguel).

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Correio dos Açores - Edição de 21 de Outubro de 2015


Ponta Delgada, 18 de Outubro de 2015

Se há coisa de que gosto é passar um domingo em família. E foi o que fiz. Olhando a Serra de Água de Pau vejo também o tardoz de casas típicas micaelenses, onde se pode verificar as chaminés que induzem a existência do forno de lenha para cozedura, entre outras iguarias, do pão caseiro.

E, inevitavelmente, não pude deixar de pensar no que se está a desenhar na atual conjuntura do país. Passadas três semanas do 4 de Outubro, o país ainda vive na incerteza de quem será o próximo governo. Lamentável situação. O dia não escurece de um minuto para o outro, o mesmo deduzo das posições crónicas dos partidos que, neste momento, estão de mão dada com o principal derrotado destas eleições. Seria a quebra precoce de um paradigma que já se vem arrastando, mas sem evolução, há cerca de 4 décadas. Lamentável é também a posição da segunda força mais votada, que não está a olhar os riscos que o país corre, na ansia de chegar ao poder. Ou será ao pote?



terça-feira, 20 de outubro de 2015

Correio dos Açores - Edição de 15 de Outubro de 2015


Ponta Delgada, 14 de Outubro de 2015

Sentado no murete de betão de uma floreira pus-me a rabiscar. A curiosidade dos transeuntes foi notória. A dada altura já havia umas três crianças à minha beira e outros tantos adultos, inclusive a proprietária do solar aqui rabiscado. Disse-me que era bisneta do Capitão Donatário que mandou construir este edifício de importante destaque na freguesia de Água de Pau. Adjacente a esta construção está a Ermida de Santiago, sendo esta dedicada a São Tiago, apóstolo das Espanhas, denominado maior, por ter sido o primeiro Tiago chamado por Cristo ao apostolado.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015


Ponta Delgada, 04 de Outubro de 2015

Depois de exercer o meu direito cívico, fui praticar o meu obrigatório escape matinal de fim de semana. O dia apresentava-se cinzento mas, de quando em vez, surgiam abertas que indicavam, ou sugeriam, que o dia não ia ser tão mau quanto era de prever. Na realidade, não foi. Tanto não foi que, ao fazer este rabisco, não saí do carro.

Até chegar a Vila Franca do Campo, fui passando pelo interior das freguesias e verifiquei uma enorme quietude. Estranho, pois o dia exigia que o Povo se manifestasse em massa. Fala-se e escreve-se tanto sobre a abstenção antes das eleições, criam-se comissões parlamentares, mas o desinteresse pelo direito de voto continua a aumentar a cada quatro anos. E eu pergunto: os responsáveis políticos já pararam para pensar a sério, mas a sério mesmo, nas razões desta triste realidade? Há que mudar o paradigma.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Correio dos Açores - Edição de 30 de Setembro de 2015


Ponta Delgada, 24 de Setembro de 2015

O Mercado da Graça sempre foi um espaço que me cativou. Aos sábados de manhã, quando criança, adorava lá ir com o meu pai. Ver aquela miscelânea de cores, os verdes das hortaliças, os amarelos das laranjas e pêssegos, os vermelhos das maças e até mesmo o roxo dos nabos. Pois é, a visita a este espaço, tanto casual, como para as naturais compras que o mercado merece, faz-nos sempre saltitar no desejo de transpor para o papel todas aquelas formas e cores que são sempre um consolo à vista. Há hora que fiz este rabisco, já o mercado estava a fechar. Não consegui, pena. Fica para outra oportunidade. 

Correio dos Açores - Edição de 23 de Setembro de 2015


Ponta Delgada, 20 de Setembro de 2015
Fiz este rabisco sentado no meu carro. Comecei muito timidamente pela torre da PT, é assim que eu a identifico aos amigos, e o desenho foi-se compondo a partir desta peça que é um encaixe perfeito visto de todos os ângulos de quem observa a nossa marginal. Na coloração procurei apenas dar destaque aos telhados e às sombras.

Realizado o rabisco, resolvi percorrer a pé as artérias da minha cidade. Deparei-me com a exposição de reproduções de telas do Pintor Domingos Rebêlo nas arcadas da Praça Gonçalo Velho. E, imaginem, tive como cicerone desta exposição o neto do artista: Jorge Rebêlo, meu amigo. Casualmente, o Jorge ia a passar e chamei-o. Foi enriquecedor ouvir as suas explicações à obra do seu avô. Ponta Delgada ficou a ganhar. Melhor: a exposição será itinerante pelas diversas freguesias do concelho.  Levar cultura, levar um artista de expoente máximo da arte portuguesa enriquece aqueles que a observam. Parabéns à Câmara Municipal de Ponta Delgada, aos organizadores e, pelo incansável trabalho de divulgação das obras do artista, desprovido de pretensiosismos, ao Jorge Rebêlo. 

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

a subir e a descer...



esquiços rápidos feitos em dias diferentes. no primeiro fiz a vista da mesma escada no sentido de descida. no segundo fiz a vista de quem sobe a escada. 

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Correio dos Açores - edição de 17 de Setembro de 2015


Ponta Delgada, 14 de Setembro de 2015

Hoje apresento-vos a antiga Igreja de Nossa Senhora da Graça, edificada no Séc. XVII, sendo parte integrante do antigo convento seiscentista da Ordem de Sto. Agostinho. Optei, na película colorida, pela utilização de uma só cor e, propositadamente, utilizando uma caneta de tinta preta que pudesse desvanecer o rígido traço a preto.

Aqui tinha a sua sede a Academia das Artes dos Açores (declarada de utilidade pública deste 1989). Digo tinha, porque esta associação encontra-se fechada por tempo indeterminado, é o que se lê no seu sítio da internet. É uma pena, pois, Ponta Delgada necessita de uma organização de utilidade pública que promova a formação nas artes plásticas, bem como a divulgação de artistas locais. Tendo sido descentralizada a formação, criação e divulgação das artes, com a abertura do Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas na Ribeira Grande, Ponta Delgada ficou com uma lacuna no que diz respeito ao interesse público associado às artes plásticas. 

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Correio dos Açores - Edição de 10 de Setembro de 2015


Ponta Delgada, 05 de Setembro de 2015

Sentado na emblemática “Central de Gelados”, na esquina com a rua do Melo, observo a fachada da Igreja de S. Sebastião, mais conhecida por Igreja da Matriz. Neste rabisco, dada a complexidade da ornamentação das cantarias em pedra das portas desta fachada, preocupei-me, mais uma vez, em fazer parecer. No próprio local ainda consegui colocar alguma cor, mas a ameaça de chuva fez-me abandonar o espaço e acabar o rabisco sentado no conforto da minha casa.

Numa edição anterior referi o estacionamento em volta deste monumento. Longe de mim querer que as minhas observações e opiniões sejam ponto assente. No entanto, nunca é demais lembrar que o estacionamento no largo da Matriz, mesmo junto à fachada principal desta Igreja, deveria ser proibido. Custa-me ver, imensos turistas, muitas vezes em grupo, obterem fotografias junto desta fachada e como ornamentação urbana existir vários automóveis como parelha de quem nos visita.

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Correio dos Açores - Edição de 2 de Stembro de 2015


Nordeste, 29 de Agosto de 2015

Nordeste, tantas vezes designado como a décima ilha açoriana, está menos isolada. O motivo da minha visita a este bonito concelho é exemplo disso: uma consulta na médica dentista da minha namorada. Todavia, em meu entender, é necessário fixar a população, criar motivos para a sua permanência. Em termos culturais, para além das festas e desportos das localidades, pouco ou nada se faz. Não tenho conhecimento, por exemplo, da existência de um grupo de teatro ou de um centro de formação em artes plásticas.

Voltando atrás, enquanto era realizada a consulta, sentei-me num banco da praça central da vila. Olhei a fachada da Igreja de S. Jorge e, paulatinamente, fui construindo o puzzle da sua ornamentação basáltica. À direita está a estátua de António Alves de Oliveira (N.1847, F.1936), ilustre nordestense, considerado o maior deste concelho de todos os tempos, graças às inúmeras ações que promoveu em prol do desenvolvimento do Nordeste. Repare-se que a população na sua época duplicou, passando de 5447 para cerca de 10000 habitantes. Os CENSOS de 2011 indicam que este número voltou a reduzir para 4937 habitantes, o que reitera a necessidade de se criar condições para a fixação da população.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Correio dos Açores - Edição de 26 de Agosto de 2015


Ponta Delgada, 23 de Agosto de 2015

No final de um dia de praia, quando já se fazia sentir o fresco das sombras a aproximarem-se, peguei na esferográfica e no diário para rabiscar, com um olhar a nascente e outro para poente. Falo-vos destes olhares sentado na praia de Água d’Alto.

Estas praias são excelentes para os tão temperantes banhos de mar, mas para poder desfrutar desta pequena maravilha, é preciso ter a sorte de encontrar estacionamento disponível e a incógnita face a essa situação pode dissuadir-nos de procurar estas praias. Bastante já se fez neste sentido até à data, muitas vezes a reboque das derrocadas propícias nesta zona, durante o inverno. Todavia, julgo que as entidades competentes deverão tentar outras soluções para colmatar a falta de estacionamento.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Correio dos Açores - Edição de 19 de Agosto de 2015


Ponta Delgada, 16 de Agosto de 2015


O que me trás tantas vezes a esta costa é a sua beleza, frescura e, em tão poucos metros percorridos pelo olhar, uma variedade imensa de cores nas suas escarpas. Deambular pela minha ilha, observar o que nos rodeia, é muito entusiasmante. É tão entusiasmante que partilho convosco pedaços do meu diário gráfico e entro numa contradição. Quando, à partida, temos o diário como um objeto intimo e apenas nosso, partilho, aqui e muitas vezes nas redes sociais, com quem não conheço, os rabiscos que faço. Uns mais bem conseguidos do que outros, mas o que importa registar é a conexão, a simbiose entre o desenho e o pensamento. 

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Correio dos Açores - Edição de 12 de Agosto de 2015


Ponta Delgada, 08 de Agosto de 2015

A costa norte da ilha de S. Miguel é fresca, saudável e cheia de pontos de vista de superior interesse. A minha opção, durante a visita que fiz a este local, foi rabiscar a Ermida de S. Pedro que aqui vos apresento e que se situa na freguesia dos Fenais da Luz, mas, nas minhas costas, encontrava-se um magnífico cenário. Consegui vislumbrar, o que não é difícil em dias de céu limpo, toda a cumeeira das Sete Cidade e por conseguinte, o anfiteatro desta encosta norte que se estende até ao mar. Todavia, a opção foi a Ermida de S. Pedro, data a sua construção no Séc. XVI, e o cenário não é de menor interesse do que o outro.

Iniciei pelo desenho do edificado da ermida, de fachada simples, o simples é bonito. Na sua envolvente à direita vislumbra-se a costa norte nascente. Desde o Pico da Barrosa até ao início montanhoso a nascente, inclusive morro de Santa Bárbara. As cores, estas, apliquei-as depois. Sentado no sofá. Já aqui vos disse; concluir a coloração do rabisco em casa é perlongar o contentamento do percurso efetuado durante o dia.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Correio dos Açores - Edição de 5 de Agosto de 2015


Ponta Delgada, 02 de Agosto de 2015

O mês de agosto é propício a passeios, a piqueniques… E este 1º domingo de agosto, como bom micaelense que sou, não fugi ao ritual de, nesta época do ano, fazer um passeio com familiares vindos do Canadá. Quanto mais visitamos a Vista do Rei, mais gostamos da sua paisagem. Não resisti em pegar no diário e registar tamanha beleza. É-me sempre difícil transpor para o papel a quantidade de verdes e azuis que as nossas paisagens possuem. Por este motivo e,  com algum receio de estragar o contorno que inicialmente fiz a lápis, fiquei-me pelas cores esbatidas e pouco mais.

Se há paisagem nos Açores com um elevado número de visitantes, esta é, com toda a certeza, uma das maiores. Talvez por isso, mas não só, devia merecer, por parte das instituições que tutelam estes pontos turísticos, uma maior e mais cuidada atenção a aspetos que digam respeito à sinalização turística, limpeza e número de papeleiras de lixo e, quiçá, outra especial atenção ao imóvel abandonado que se encontra no cimo da Vista do Rei. O “cartaz” nas costas de quem olha para a Lagoa das Sete Cidades é muito mau para ser verdade.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Aos Urban Sketchers dos Açores

Caros Amigos Urban Sketchers dos Açores,

Deixei de fazer parte do núcleo organizativo dos USK Açores (Usk Az).

Esta minha opção nada tem a ver com falta de tempo. Nada tem a ver com pouca motivação para desenhar. Aliás, se calhar tem a ver com a paixão que tenho pelo desenho em diários gráficos. Tanto é que, com esta paixão que criei ao desenho, pude fazer um livro para dedicá-lo à minha Mãe. Logo, é por paixão que estou para o desenho. Cada um de nós encontrará objetivos para desenhar. Eu, por exemplo, faço-os por diversas razões; uma delas é, sem dúvida, porque me faz pensar. Outra, com a mesma relevância, é para oferecê-los aos meus.

No entanto, fazendo parte do grupo "fundador" dos Usk Az, sinto-me na obrigação de justificar a minha saída.

Como sabem, o grupo Usk Az tem “filiação” ao USK Portugal, e por conseguinte, este último ao USK Internacional. Respeitamos um manifesto que é do conhecimento de todos os “sketchers”.
Todavia, em nada fugindo ao manifesto, sou da opinião que o grupo Usk Az tem tido pouquíssimas iniciativas próprias. Os eventos / encontros que têm surgido tem vindo quase, senão sempre, a ser associados a outras iniciativas de outros grupos de índole cultural. Até aqui nada de mal. Mas é preciso fazer mais. É preciso criar uma dinâmica sequencial de encontros; colocar desafios à nossa comunidade de “sketchers”; contatar instituições, como escolas, Câmaras Municipais, Casas de Cultura das diversas localidades; interagir com o cidadão comum, não só apenas com aqueles que têm acesso mais rápido ao “ato de desenhar”. É preciso fomentar workshops e convidar artistas, mesmo que locais, a ministrá-los. O que tenho sentido com o que tenho vindo a sugerir é um bloqueio a essa abertura, a esse fazer mais, a esse realizar sem estar, inicialmente, preocupado com “superior qualidade”. A qualidade vem com a prática; vem, se necessário, com erros cometidos.

Desta forma, e porque o núcleo organizativo é, em minha opinião, pequeno, deveriam ser convidadas pessoas com vontade de fazer, de realizar, de incutir, que sintam paixão pelo movimento, mas acima de tudo, que deem um pouco de si, porque dar de si, mesmo que pouco, se for dado por mais, move montanhas. Sinto que o atual núcleo organizativo está “agarrado” a uma ideia de desenho que pouca motivação cria à iniciativa de qualquer cidadão comum partir nesta aventura maravilhosamente bela que é o desenhar por observação direta. Sentir paixão pelo desenho não é apenas dizer que se tem um diário gráfico. É muito mais do que isso. E se calhar é isso mesmo que falta, paixão em ver outros desenhar.

Uma vinha não deve ser podada nem demasiado cedo, nem demasiado tarde. Os Usk Az foram fundados em Março de 2014. O processo de cativação de mais elementos participativos e aumentar a nossa comunidade “sketcher” tarda a arrancar.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Correio dos Açores - Edição de 29 de Julho de 2015


Ponta Delgada, 26 de Julho de 2015

Agradeço imenso o “feedback” que tenho tido por parte de amigos e conhecidos sobre a minha aventura de ter um rabisco por semana aqui neste Jornal que, por sua vez, os acolheu de uma forma muito carinhosa. Devo, ainda assim, enfatizar que não sou artista, sou apenas um curioso que faz no seu dia-a-dia um registo dos locais por onde passa. Cada um dos rabiscos conta uma história, uma vivência e, sem pretensão, transmite um sentimento e uma observação. E é isso que procuro a cada semana fazer passar.

Hoje apresento-vos o ilhéu de Vila Franca do Campo, um pequeno éden que está a ser protegido com cuidado. As visitas são controladas e existem regras para quem lá é visitante. Este tema surgiu-me por já ter lido, algures na impressa local, que instâncias superiores iam legislar no sentido de criar proteção ao nosso património, quer seja arquitetónico, quer seja geológico. Com efeito, o valor da nossa ilha, da beleza que ela oferece, da paz e tranquilidade que ela transmite merece que todos nós, cidadãos, empresas e governos, procuremos sempre novas formas de a preservar, de manter o seu encantamento.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Ao final do dia...

Depois de um passeio até às sete cidades, apeteceu rabiscar... a o resultado foi este rabisco, colorido a uma só cor.

quinta-feira, 30 de julho de 2015

pela costa sul poente da ilha de S. Miguel

neste domingo, 26 de julho, acordei cedo, muito cedo. e pus-me à estrada no meu anti-depressivo. são raras as minhas incursões pela costa sul/poente da minha bonita ilha. não sei o porquê dessa raridade, se calhar pelas estradas, não por terem piso mau, porque até é um piso aceitável, mas, possivelmente inconscientemente, por terem inúmeras curvas, o que torna a condução cansativa.  


a minha primeira paragem foi na freguesia da candelária. sentado no carro desenhei a sua fachada e alguma envolvente. a minha opção em pintá-lo foi de fazê-lo em casa. neste caso em casa da minha namorada e numa sombra super apetecível.



continuei o percurso, podia ter parado e fazer o caminho de regresso, mas o relógio não avançava. e só tinha outras coisas programadas para a tarde. então, a próxima paragem foi farol da ferraria. gosto desta fachada, mas a fachada virada a norte é bem mais bonita. todavia, não pelo trabalho que pudesse dar desenhá-la, resolvi tirar o banquinho de nylon da mala do carro e colocá-lo quase a meio da pastagem que faz a separação entre o mar e o farol. mas antes de tomar esta opção de me sentar no meio da pastagem, perguntei ao faroleiro se podia invadir o pasto. com a permissão concedida, lá fui. 
quando regressei o faroleiro mostrou interesse em ver o rabisco. e ao mostrá-lo disse-me:

- o senhor fez isso em 15 minutos?
- talvez 20.
- o senhor é um artista!
- eu não sou artista, sou um curioso.
- então é profissional!
- não sou. gosto deste passatempo, apenas isso.

despedi-me com amizade e de sorriso no rosto. continuei a pequena saga.


parei e estanquei o cansaço da viagem no miradouro do escalvado. uma vista maravilhosa sobre os ilhéus dos mosteiros e a sua vila. por lá cruzei-me com colegas de escola, colegas de trabalho, de quando trabalhei no serviços municipalizados de ponta delgada.e mais curioso, turistas que mostraram curiosidade no que estava a fazer. inclusive uma turista portuguesa, pediu para tirar fotografia. foi especifica ao dizer que não tirava ao rosto. outro turista, desta vez julgo que alemão, jovem, com mulher e 2 filhotes. da mesma forma quis fotografar. mas este sem referir nada, fotografou-me mesmo de frente. e eu disse em jeito de brincadeira:
- the interesting thing is behind you!

E é verdade. esta paisagem é linda!

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Correio dos Açores - Edição de 22 de Julho de 2015


Ponta Delgada, 19 de Julho de 2015

Este fim-de-semana só se estava bem dentro de água. E fria. O índice de humidade foi elevadíssimo. Procurei estar quase sempre junto ao mar, pois, aí, o ar e o bafejo faziam sentir-se de forma mais fresca e apetecível. Sentei-me no bordo do passeio da marina antiga e foi triste constatar que nas minhas costas havia mais carros do que barcos. Foquei-me no cais de abastecimento das embarcações que aí fazem escala e na pequena torre de controlo. Quando já ia bastante avançado no rabisco, vi a chegada de pequenas lanchas carregadas de turistas que foram ver as baleias e golfinhos e outros, que optaram por fazer mergulho. Assolou-me uma pequena inveja, dado o enorme calor provocado pela elevadíssima humidade.

Desenhar parte deste complexo fez-me novamente pensar na sequência dos investimentos que se tem vindo a fazer nesta zona de Ponta Delgada por parte dos governos regionais. Principalmente nas Portas do Mar. Como já outrora referi, o ser necessário era, no entanto, um tão elevado investimento é que julgo ter sido excessivo. Exemplo disso é o caso das “low-cost”, pois, com apenas movimentações e influências políticas trouxe à região uma mais-valia que, até agora, as “Portas do Mar” não trouxe. De quem é a responsabilidade de isso ter acontecido só agora?

terça-feira, 21 de julho de 2015

desenhos de fim-de-semana...

Acordei cedo no sábado. resolvi sair de casa com armas e bagagens para desenhar. no entanto, a vontade não ficou traduzida na quantidade e muito menos na qualidade. aliás, devo dizer que é raro gostar dos meus rabiscos. o resultado, para além de outros, foi este que abaixo vos apresento. 


entrada lateral do convento da esperança - rua gil mont'alverne sequeira - s. josé - ponta delgada


ala poente do complexo das portas do mar - s. pedro - ponta delgada


rua dª maria dos anjos amaral - água de pau - lagoa

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Correio dos Açores - Edição de 15 de Julho de 2015


Ponta Delgada, 12 de Julho de 2015

As Festas do Espírito Santo, em Ponta Delgada, têm vindo a marcar de forma indelével o panorama turístico e religioso desta cidade, da ilha e dos Açores, nesta época do ano. Mas o que é festa para uns não é para outros. Aproveitando o dia que se encontrava esplendoroso, os que preferem o banho de mar e o fresco da sombra das árvores, em vez dos cheiros a guloseimas e de animais transpirados, tiveram tanto no sábado, como no domingo uma excelente ocasião para o efeito.

Eu preferi, à hora de imenso calor, desenhar. E ao final do dia um mergulho na praia da Baixa d’areia em Água de Pau. Senti bastante dificuldade em assumir as cores neste rabisco que aqui vos apresento, até na platina do mar existiam verdes. A ilha encontrava-se completamente descoberta de nuvens. Deduzo que para lá do lombo da Serra de Água de Pau também assim estivesse. Com dias destes, que infelizmente não escolhemos, é com toda a certeza, o melhor cartaz das nossas ilhas.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Miradouro de Santa Iria - Ribeira Grande


tenho-me valido das colagens para ocultar falhas no desenho. neste caso foi a coloração que mereceu uma colagem. 

terça-feira, 14 de julho de 2015

Correio dos Açores - Edição de 1 de Julho de 2015


Maia, 4 de Julho de 2015

Este fim de semana foi ávido em eventos. Na Lagoa, por exemplo, o “I Festival Lagoa Comvida” foi um sucesso. Na Ribeira Grande, o “I Festival Balões Ar Quente Ribeira Grande – Feel the Sky” também marcou pela diferença. Pelo menos é o que revelam os registos fotográficos obtidos, tanto por aqueles que ficaram com os pés colados no solo, como daqueles que tiveram a oportunidade de viajar num balão de ar quente. Note-se que esses registos fê-los dar a volta ao mundo através das redes sociais. É uma boa publicidade.

Mas este fim de semana foi marcado, também, por mais um encontro de Urban Sketchers, desta vez na Maia. Como membro da organização dos Usk Açores, este evento contou com a minha presença. Além dos habituais rabiscos e da partilha de experiências, tive a oportunidade de conhecer a “permacultura”, ainda que embrionária, e alguns estrangeiros que fazem férias através do programa “Workaway”. A Permacultura é uma filosofia de vida de harmonia com a Natureza e com os outros. A sua ética fundamenta-se em três princípios: cuidar da terra, cuidar das pessoas e partilha justa. “Workaway” é um intercâmbio cultural, onde os seus membros têm a oferecer algumas horas de voluntariado em troca de comida e estadia. Eu diria que é uma forma sustentável de fazer turismo.

Igreja Nª Srª da Luz - Fenais da Luz


sábado, 11 de julho de 2015

Pela costa norte...

O dia está lindo para uma praia... mas eu gosto de ir à praia com a minha companheira, amiga, confidente, parceira do humor, parceira dos momentos menos bons, enfim, a minha namorada. Mas na ausência desta companhia, da ausência da companhia da minha filhota, que é tudo o que descrevi, menos nos desabafos mais chatos, resolvi percorrer um pouco da costa norte poente... e a par de outras tantas vistas magníficas para rabiscar, contemplo os meus visitantes e amigos com este apetecível mar azul e saudável.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Piscinas da Lagoa

Durante o intervalo de almoço. Sentado no parapeito da janela do restaurante Porto dos Carneiros.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Forte de S. Brás - Ponta Delgada


Ontem ao final de tarde apeteceu rabiscar. Há muitos recantos da minha cidade que ainda não rabisquei, mas este Forte de S. Brás é, para mim, uma peça arquitectónica apetecível para o efeito. 

Subi até ao molho de protecção do porto. Sentei-me e observei a minha cidade. Pequei no caderno, na caneta e fiz este rabisco. ainda no local coloquei a cor, Confesso que a sombra do forte não é do meu agrado. Poderia ter ficado menos carregada. e a face do forte virada a ponte sem tonalidade.  

terça-feira, 7 de julho de 2015

Por Ponta Delgada

Hoje ao final do dia apeteceu desenhar. Não colori no local, mas sentado na secretaria. Tenho pena do céu, pois, poderia ter ficado esbatido, em vez de tão carregado.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

10º Encontro Usk Açores - Maia


como sempre, vou para a praia que mais gosto; o desenho de edifícios. e neste encontro não foi excepção. 

Aqui, na Quinta da Canada, na Maia, pratica-se a "permacultura" - http://sersustentavel.pt/pt/ e recebe viajantes do programa "workaway" - https://www.workaway.info/.


Correio dos Açores - Edição de 1 de Julho de 2015


Ribeira Grande, 28 de Junho de 2015

O início do passado fim-de-semana prometeu dias de praia. O sábado foi, provavelmente, o melhor dia de sol que S. Miguel teve este ano. Já o domingo não foi assim. Pelo menos na costa norte, o céu apresentou-se tristonho e o vento fez-se sentir. Ora, aqui está uma razão, já cansada de ser debatida, de que a nossa região não pode ser cartaz turístico de sol e praia. Há que diversificar a oferta turística. E isso passa, seguramente, pela criação de um roteiro turístico que invoque os vários aspetos culturais da nossa região. Criar um roteiro de museus, um roteiro religioso, de parques e jardins, entre outros, será, seguramente, diversificar a oferta. Diversificar a oferta não é criar festas em todo e qualquer recanto das nossas ilhas, trazendo a peso de ouro os cantores do panorama artístico do continente, não aproveitando os locais. Será, por exemplo, mantendo abertos, aos sábados e domingos, os pequenos museus nas diversas localidades. Cria emprego, aumenta a oferta de produtos regionais e locais, como por exemplo o pequeno artesanato e, acima de tudo, cria uma dinâmica empresarial do pequeno comércio.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

10º Encontro de Diários Gráficos - Usk - S. Miguel


A Associação "Amigos da Maia" e os UsK Açores tem o maior gosto em convidá-los para que possam ter a Maia como inspiração no encontro do mês de Julho. 

Nessa perspectiva, decidimos aliar o encontro a outros pontos de vista e actividades aos participantes que queiram vir até ao nosso encontro.
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Assim sendo, apresentamos:

Evento: MAIA - "Pontos de Vista e Encontros"

Local de Encontro: Quinta da Canada

Hora de início: 14H00

Data: 04 de Julho de 2015

Pretendemos poder identificar a Maia olhando o espaço envolvente, tanto em termos de natureza, como de aspectos urbanos e do quotidiano. 

Após terminarem os desenhos, que se estima seja pelas 17:00 horas e reunirem na Quinta da Canada, faremos a partilha dos desenhos e a habitual fotografia de grupo.
Se quiserem permanecer na Quinta para outras actividades e encontros, então irão usufruir de pratos de diversas cozinhas, bem como do contacto com outras nacionalidades, dialogando sobre experiências de permacultura e o programa WorkAway, 

Irão decorrer algumas actividades para entretenimento dos presentes.

Apareçam!

Lagoa - Litoral


Este rabisco, feito do Portinho de S. Pedro, Lagoa. 

terça-feira, 30 de junho de 2015

Largo da Matriz - Ponta Delgada


durante o sábado passado, andei por Ponta Delgada na busca de algo que me cativasse a rabiscar. A minha cidade é muito "rabiscável". e este cenário é, sem dúvida, exemplo do que acabo de dizer. No entanto, após prosseguir com o rabisco, fui reparando, ao longo do processo de montagem das linhas, que existiam vários erros de leitura ao objecto observado. Mas, e há sempre um mas, não parei e fui seguindo com aquilo que o cérebro conseguia transmitir à mão. o resultado é esse que vos apresento.  

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Correio dos Açores - Edição de 24 de Junho de 2015



Ponta Delgada, 21 de Junho de 2015

Encostado numa ombreira de porta, com um sol intermitente e uma temperatura quente, mais por razões da humidade, fiz este rabisco. Consegui dar as primeiras pinceladas no local, mas o sol era tanto que secava de forma rápida a aguada feita na palete, o que me obrigou a terminá-lo em casa.


A vontade de envolver-me com o objeto desenhado, fez-me percorrer a pé os espaços circundantes à Igreja da Matriz. E não pude deixar de constatar o quão desagradável é ver estacionados os carros de quem vai assistir à Missa. Ora, bem sei que não é “ade eterno”, mas aos domingos o estacionamento em parquímetros é grátis. A justificação até pode passar pelo fato de algumas pessoas terem mobilidade reduzida, mas estes casos resolver-se-iam com a entrada a norte, tal como está, e a abertura da passagem a sul, para que os familiares dessas pessoas as pudessem deixar à porta da igreja. Com efeito, para uma cidade que se quer turística e histórica, não podemos cair no erro de a mostrar desorganizada nestes espaços que se querem limpos de “ruído urbano”. Já imaginaram ver automóveis nos espaços circundantes da Catedral de Notre-Dame, em Paris, na Basílica de S. Pedro, no Vaticano, ou até mesmo na Sagrada Família, em Barcelona? O que temos é pequeno, mas mesmo pequeno deve ser cuidado com o mesmo princípio de boa gestão dos espaços urbanos.