"O artista, um contemplativo que passa, atento somente, às manifestações de cor, de harmonia e de beleza, que escapam aos olhos dos outros."
Domingos Rebêlo, num artigo que escreveu sobre os seus tempos de estudante em Paris, in "Açoreano Oriental", 13 de Janeiro de 1946.

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Correio dos Açores - Edição de 29 de Junho de 2017


Ponta Delgada, 26 de Junho de 2017

Ao fazer este rabisco havia muitas coisas a assolar-me o pensamento, principalmente o horripilante incêndio em Pedrógão Grande. Não sou, nem nunca serei especialista em incêndios, o que sei é o que me vai chegando pelos meios de comunicação. E o que a nós chega é a ideia de que o estado, na sua obrigação máxima de proteger os cidadãos, falhou. Gravemente. Nos dias subsequentes registaram-se semblantes carregados, hoje, em festas de apresentação de candidaturas autárquicas, e falo da de Lisboa, são sorrisos de orelha a orelha. Como se nada tivesse acontecido e nada houvesse a explicar. Mais fácil veem explicar o porquê da contratação de um familiar, de um amigo, ou de um qualquer “boy”. Já são conhecidas falhas das diversas entidades envolvidas, desde falhas de comunicação/informação, falhas de assistência, etc, etc. É esse o país que temos, onde o assumir de responsabilidades é atitude vã e a “coluna vertebral” de quem nos governa mais parece um pau fino de plasticina.

2 comentários:

  1. É mesmo isso, Paulo: lágrimas de crocodilo antes e sorrisos falsos depois. Típico dos políticos – e lamentável, sempre, de ver.
    (A perspectiva da escadaria está óptima!)

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