"O artista, um contemplativo que passa, atento somente, às manifestações de cor, de harmonia e de beleza, que escapam aos olhos dos outros."
Domingos Rebêlo, num artigo que escreveu sobre os seus tempos de estudante em Paris, in "Açoreano Oriental", 13 de Janeiro de 1946.

quarta-feira, 1 de março de 2017

Correio dos Açores - Edição de 01 de Março de 2017


Ponta Delgada, 26 de fevereiro de 2017

Sempre que viajo até à Ilha do Faial, mais do que o desejo de ver o Pico completamente descoberto e nítido, o meu ímpeto inicial é ir até ao Vulcão dos Capelinhos. Desta vez não foi possível, uma vez que reuniões profissionais não o permitiram. Não obstante, no final do dia, em conjunto com os meus restantes colaboradores, lá fomos ver o que outrora foi o impetuoso e arrebatador Vulcão dos Capelinhos. Quando aqui chego o que mais me impressiona é o silêncio. Esse mesmo silêncio traz com ele o poder de introspeção que, em mim, conduz sempre para um sentimento de pequenez, de efêmero e de grande volatilidade de todo o ser humano, perante aquilo que é a constante transformação terrestre. Já depois do jantar e, sentado no café Peter, dei cor ao rabisco, entre um gole no gim (o meu lá em casa é bem mais saboroso) e uma pincelada com o que sobrou do café. E assim, às camadas, fui colorindo o rabisco que hoje vos apresento. 

2 comentários:

  1. Se o gim caseiro fizer jus à qualidade do desenho, deve ser mesmo muito bom!...

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  2. Eheheh... não garanto a qualidade do desenho. Mas garanto a qualidade do gim! E tu já estás convidado para cá vir prová-lo. E já sabes, eu, a Paula e a Bárbara, estamos à tua espera!

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